O curso foi ministrado pela assistente social Teresa de Lisieux Ferro, que ressaltou a importância da forma como uma má notícia é transmitida. Segundo ela, a maneira como a notícia é comunicada terá impacto na relação entre profissional, paciente e família.
Teresa destacou que a forma de comunicação de uma notícia difícil afetará o enfrentamento e a compreensão do adoecimento, além do processo de tratamento e o grau de sofrimento das pessoas envolvidas. Ela orientou os profissionais a aprimorarem essa comunicação, compreendendo os aspectos subjetivos envolvidos e adotando uma abordagem passo-a-passo, conforme princípios estabelecidos de comunicação e aconselhamento.
Entre as sugestões apresentadas por Teresa está o uso do Protocolo SPIKES para comunicar más notícias. Esse protocolo sugere escutar as pessoas e perceber até onde elas querem saber sobre a notícia. Não é necessário dar tantos detalhes, apenas as informações relevantes.
A especialista também ressaltou a importância de identificar o melhor interlocutor no momento de comunicar uma má notícia. É fundamental adaptar a comunicação de acordo com a pessoa, levando em consideração seus desejos e preferências.
Teresa explicou que comunicar uma má notícia exige planejamento e análise do caso, além da avaliação das emoções envolvidas. É importante também envolver psicólogos e assistentes sociais no processo de comunicação.
A coordenadora da Central de Transplantes de Alagoas, Daniela Ramos, destacou a importância do curso para os profissionais que trabalham com doações de órgãos. Ela informou que haverá uma nova turma na próxima quarta-feira (23), contemplando outro grupo de profissionais.
O secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, ressaltou a relevância do curso e afirmou que é fundamental seguir técnicas de comunicação com foco na humanização para transmitir informações difíceis aos pacientes e seus familiares.
O curso visa capacitar os profissionais de saúde, principalmente aqueles que atuam em unidades de emergência como o HGE e a Central de Transplantes, a comunicarem de maneira eficaz notícias difíceis, buscando sempre a humanização no atendimento.