O julgamento, que ocorre no plenário virtual do STF, ainda está em andamento e é realizado por meio de um sistema eletrônico, sem deliberação presencial. A sessão virtual será encerrada no dia 21 de agosto e conta com a participação dos onze ministros que compõem o tribunal.
Até o momento, seis ministros votaram a favor da aceitação da denúncia, enquanto apenas um votou pelo envio das acusações para a primeira instância da Justiça. A decisão seguiu o entendimento do relator, Gilmar Mendes, que afirmou que existem indícios suficientes para a abertura da ação penal contra Carla Zambelli. Mendes ressaltou que mesmo que a parlamentar possua porte de arma, o uso dessa arma de forma ostensiva e em um contexto público, como ocorreu nas vésperas das eleições de 2022, pode configurar responsabilidade penal.
O episódio que culminou na denúncia aconteceu durante um ato político no bairro dos Jardins, em São Paulo. Após trocarem provocações, Zambelli sacou uma arma de fogo e passou a perseguir o jornalista Luan Araújo. A perseguição chamou a atenção da Procuradoria-Geral da República e resultou na denúncia apresentada contra a deputada.
A defesa de Carla Zambelli, representada por sua equipe jurídica, divulgou que aguardará a finalização do julgamento para se pronunciar sobre o caso. Até lá, a parlamentar deverá permanecer como ré nos referidos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal.
A decisão do STF em tornar Carla Zambelli ré pode ter consequências significativas para a deputada e seu futuro político. A abertura da ação penal demonstra a seriedade com que o caso está sendo tratado, considerando a conduta da parlamentar em relação ao jornalista Luan Araújo, além de levantar questionamentos sobre sua postura e responsabilidade enquanto representante do povo brasileiro. Resta aguardar o desfecho do julgamento virtual e acompanhar os desdobramentos futuros desse caso.