BRASIL – Segundo a UFRJ, taxa de positividade de testes de covid-19 aumentou de 4% para 13%.

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) divulgou uma nova nota detalhando os motivos que levaram à recomendação do uso de máscaras em ambientes fechados e de aglomeração. A universidade ressaltou que essa recomendação não implica em medidas de isolamento ou suspensão de atividades presenciais, mas destaca a importância da adoção de medidas protetivas simples no cotidiano. A UFRJ esclareceu que essa decisão foi tomada devido ao aumento moderado e progressivo de diagnósticos de Covid-19 no seu centro próprio de testagem, o CTD/Needier. A taxa de positividade dos testes de Covid-19 subiu de 4% para 13%, mesmo com a baixa procura pelos testes.

Diante dessa alta, o Needier/UFRJ considerou importante alertar sobre a necessidade de medidas protetivas, especialmente para as populações vulneráveis. A OMS já declarou o fim da “Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional”, mas ressalta que a Covid-19 ainda é uma ameaça de saúde pública e continua com características de uma pandemia.

Além disso, a UFRJ destaca que a detecção de novas variantes no Brasil é apenas uma questão de tempo, devido à mobilidade global de pessoas e à circulação de novas linhagens, como a subvariante EG.5, já detectada em 51 países. Essa variante também já foi confirmada no Brasil, com pelo menos um caso em São Paulo.

A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro também detectou um aumento da positividade nos testes de Covid-19. A taxa de positividade de exames RT-PCR passou de 2% para 20% em determinado período. Mesmo com esse aumento, o número de solicitações de leitos e atendimentos nas emergências e UPAs da rede estadual não apresentam tendência de alta. Porém, a secretaria decidiu ampliar a testagem de Covid-19 nas UPAs e nas emergências da rede estadual.

A Prefeitura do Rio de Janeiro discorda publicamente do retorno do uso de máscaras neste momento. O prefeito Eduardo Paes manifestou-se contrário à medida e ressaltou que não espera que sejam implementadas medidas de ensino à distância. O Secretário Municipal de Saúde, Daniel Soranz, também avaliou que não é o momento para a adoção das máscaras e destacou a importância da dose de reforço da vacina.

A Sociedade Brasileira de Infectologia também divulgou uma nota afirmando que não há necessidade de mudanças nas recomendações vigentes para a prevenção da Covid-19. A entidade ressaltou que não houve modificação no cenário de casos notificados de Covid-19 ou aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil no momento. A importância da completar o esquema vacinal com doses de reforço e aumentar a vigilância genômica do Sars-CoV-2 também foi ressaltada.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio do Boletim Infogripe, descreveu que o cenário atual é de queda ou estabilização de casos positivos de síndrome respiratória aguda grave causada pelo Sars-CoV-2. O coordenador do Infogripe, Marcelo Gomes, afirmou que é necessário que os estados mantenham a capacidade de vigilância genômica do vírus para acompanhar a circulação de variantes.

Em resumo, a UFRJ recomendou o uso de máscaras em ambientes fechados e de aglomeração devido ao aumento de diagnósticos de Covid-19 em seu centro de testagem. Outras instituições, como a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro e a Sociedade Brasileira de Infectologia, discordaram dessa recomendação, destacando a importância da vacinação e da vigilância genômica do vírus. A Fundação Oswaldo Cruz ressaltou a importância de manter a capacidade de vigilância genômica para acompanhar a circulação de variantes.

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