BRASIL – Em São Paulo, a Polícia Civil abre investigação sobre o falecimento de um jovem indígena, buscando esclarecer os fatos.

Um adolescente indígena de 15 anos, identificado como Brayan Guarani-Mbyá, foi atropelado e morto na madrugada do dia 12 deste mês, no viaduto da Rodovia dos Bandeirantes, em Perus, zona norte de São Paulo. A Polícia Civil está investigando as circunstâncias do acidente, que só foi comunicado aos familiares dias depois.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que a equipe de policiais militares que compareceu ao local constatou que o motorista não estava embriagado e o encaminhou à delegacia para prestação de depoimento. O condutor foi liberado posteriormente, pois permaneceu no local do acidente e colaborou com as autoridades. A vítima, de acordo com a SSP, não portava documentos de identificação.

O corpo de Brayan foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) para a realização de exames periciais e identificação. Após a conclusão dos exames, os resultados foram enviados à autoridade policial responsável para que medidas judiciais fossem tomadas, além de comunicar a família – sobre a qual não havia informações disponíveis.

No último sábado (19), a conta oficial do Ministério dos Povos Indígenas em uma rede social, anteriormente conhecida como Twitter, lamentou a morte do jovem Brayan e exigiu que os responsáveis sejam responsabilizados.

A Terra Indígena Jaraguá, onde a vítima residia, é uma das três áreas remanescentes de quilombos da cidade de São Paulo e é uma das regiões mais populosas e antigas da capital paulista, abrigando cerca de 700 indígenas.

A comunidade indígena vem enfrentando diversos desafios e dificuldades no contexto urbano, sofrendo com a falta de políticas públicas adequadas para a sua proteção e preservação de sua cultura e território.

Ainda não há informações sobre as circunstâncias específicas do acidente que vitimou Brayan, assim como não há informações sobre a identidade e o paradeiro do motorista envolvido.

A polícia continua investigando o caso e espera-se que as investigações concluam o mais rápido possível para esclarecer as responsabilidades e buscar justiça para a família do adolescente indígena que perdeu a vida de forma trágica e prematura.

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