BRASIL – A nadadora Ana Marcela Cunha decide se desafiar ao mudar para a Itália em busca de melhoria no seu desempenho olímpico.

A nadadora Ana Marcela Cunha está prestes a embarcar em uma nova fase de sua carreira esportiva. Aos 34 anos, a campeã olímpica de águas abertas nos Jogos de Tóquio (2021) está de mudança para a Itália, onde irá treinar visando a Olimpíada de Paris, em 2024.

A mudança de ares foi uma decisão da própria atleta, que trocou de técnico pouco antes do Campeonato Mundial de Fukuoka, realizado no Japão. Após uma parceria de dez anos com o técnico Fernando Possenti, Ana Marcela passou a trabalhar com o italiano Fabrizio Antonelli. A nadadora viverá em Roma e terá a praia de Óstia, próxima à capital italiana, como local de treinamento.

Com Possenti, Ana Marcela conquistou seis dos sete ouros que possui em Mundiais, além da medalha de ouro em Tóquio. Antonelli, seu novo treinador, trabalha com alguns dos principais nomes das águas abertas, como o italiano Gregorio Paltrinieri e a alemã Leonie Beck.

A baiana enxerga a mudança de técnico e de país como uma oportunidade de sair da zona de conforto e se desafiar ainda mais. Ela acredita que essa mudança será fundamental para que ela alcance seus objetivos na próxima edição dos Jogos Olímpicos.

Além da mudança de técnico, 2023 também é especial para Ana Marcela por outros motivos. Ela ficou quatro meses sem treinar e oito meses sem competir devido a uma cirurgia no ombro esquerdo. Durante a recuperação, a nadadora teve a chance de se dedicar à vida pessoal e aproveitar o casamento com a preparadora física Juliana Melhem.

O retorno às competições aconteceu em maio, com uma medalha de bronze na prova de 10 km da Copa do Mundo de águas abertas, no Egito. Em julho, no Mundial de Fukuoka, Ana Marcela conquistou mais um bronze nos 5 km, totalizando 16 medalhas na competição ao longo de sua carreira.

A nadadora terá uma última chance de garantir vaga para a Olimpíada de Paris no Mundial de Doha, em fevereiro. Ela precisa terminar a prova dos 10 km entre as 13 melhores para se classificar. Caso as atletas já classificadas ocupem as primeiras posições, abrirá espaço para as nadadoras que chegarem na sequência.

Ana Marcela está confiante e acredita que é possível alcançar a classificação olímpica pelo Mundial. Apesar das dificuldades, ela vê seu desempenho no último campeonato como positivo e uma surpresa. A nadadora retorna agora ao ciclo olímpico com foco e determinação para conquistar mais uma medalha nos Jogos de Paris.

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