Inicialmente, a operação seria realizada em caráter de teste e estaria limitada entre US$ 100 milhões e US$ 140 milhões. A intenção é aumentar a segurança dos exportadores brasileiros, que estão preocupados com a possibilidade de calotes por parte de empresas argentinas. Tanto o Tesouro Nacional como o Banco do Brasil concordaram com o mecanismo proposto.
Segundo Haddad, essa medida seria benéfica para os exportadores brasileiros, pois garantiria o recebimento do dinheiro de forma mais segura. Além disso, o câmbio seria feito de yuan para real, o que tranquilizaria também o Tesouro Nacional, eliminando o risco de calote. Essa garantia foi considerada adequada pelo Tesouro Nacional e pelo Banco do Brasil.
Atualmente, o comércio entre Brasil e Argentina é realizado em dólares. No entanto, em janeiro, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Alberto Fernández discutiram a possibilidade de criação de uma moeda comum entre os países para facilitar as trocas comerciais regionais.
Além disso, outra negociação em andamento envolve a inclusão da Argentina como sócio do Novo Banco de Desenvolvimento, também conhecido como Banco do Brics. Atualmente, o Uruguai está em negociações para entrar na instituição financeira, que financia projetos de infraestrutura em países em desenvolvimento. Vale ressaltar que não é necessário ser membro do Brics para fazer parte do banco, que conta com países como Bangladesh, Egito e Emirados Árabes Unidos em sua composição.
A proposta de pagamento em yuan para as exportações brasileiras aumentaria a diversificação das moedas utilizadas no comércio bilateral, reduzindo a dependência do dólar. No entanto, ainda é preciso aguardar a resposta do governo argentino para saber se essa medida será implementada e como ela poderá impactar o comércio entre os dois países.