BRASIL – Investimentos no país beneficiarão a China na busca por suprir sua crescente demanda interna.

A mudança do perfil econômico ocorrida na China nos últimos anos tem despertado grande interesse por parte do Brasil, que enxerga nesse cenário uma oportunidade de fortalecer sua economia. Em uma reunião preparatória para a 7ª Sessão Plenária da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), realizada em Brasília, os representantes dos dois países discutiram as possibilidades de investimentos e cooperação, especialmente no setor de infraestrutura.

O Brasil, como maior parceiro comercial da China, tem muito a ganhar com essa mudança de foco. Enquanto a China busca fortalecer seu consumo interno, ela também está interessada em garantir alimentos a um custo mais baixo. Isso abre uma oportunidade para o Brasil, que é o maior produtor global de alimentos, atender a essa demanda. Para isso, será necessário investir na infraestrutura do país, para garantir os meios de escoamento da produção de forma eficiente.

Segundo o ministro dos Transportes, Renan Filho, há uma relação direta entre os investimentos públicos e a capacidade de atrair capital privado. Por isso, é importante que o Brasil se antecipe e crie condições favoráveis para atrair o interesse chinês. Com um ambiente positivo para a atração de recursos privados, os investimentos públicos se tornam mais atrativos.

O ministro argumentou que a China tem o desejo de reduzir os custos de importações. Isso permite que o Brasil crie sinergias importantes, reduzindo os custos de suas exportações, especialmente no setor de logística e transporte. A construção de ferrovias e a ampliação de portos são alguns dos projetos elegíveis para receber investimentos chineses. Essas conexões irão fortalecer o escoamento da produção brasileira e contribuir para a redução do preço do frete até a China.

Além disso, há expectativas de investimentos chineses em outros setores, como aeroportos. O mercado brasileiro possui um grande potencial, mas apenas uma pequena parcela da população tem o hábito de viajar de avião. Com a ajuda do Ministério do Turismo, o objetivo é atrair mais pessoas para voar, disponibilizando voos a preços mais acessíveis. Essa estratégia tem atraído empresas estrangeiras de baixo custo para se instalarem no país.

A reunião da Cosban, prevista para o primeiro semestre de 2024, será uma oportunidade para fortalecer ainda mais a parceria comercial entre Brasil e China. Comemorando 50 anos do estabelecimento de relações diplomáticas entre os dois países, a expectativa é que essa cooperação traga benefícios mútuos e contribua para o desenvolvimento econômico de ambos os países.

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