O presidente ressaltou a importância geopolítica da Argentina na relação com o Brasil e afirmou que o Brics não leva em consideração questões ideológicas na inclusão de novos membros no bloco. Além da Argentina, outros cinco países foram aprovados para integrar o Brics a partir de janeiro de 2024: Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã.
Lula defendeu uma maior cooperação entre países em desenvolvimento e a busca por novos modelos de financiamento, comércio e desenvolvimento. Ele ressaltou que o mundo está mudando, e as mudanças econômicas e geopolíticas necessitam de uma organização entre os países do Sul Global. O Brics, segundo Lula, se consolidou como uma referência política e econômica que deve ser considerada em discussões sobre geopolítica, economia e tecnologia.
Durante a cúpula, ficou acordado que os bancos centrais e ministérios da Fazenda e Economia de cada país do Brics conduzirão estudos para a adoção de uma moeda de referência para o comércio internacional, que não seja o dólar. Lula afirmou que uma solução deverá ser apresentada na próxima reunião do Brics, que ocorrerá na Rússia.
À margem do encontro do Brics, Lula se encontrou com o presidente do Irã, Ebrahim Raisi. Raisi agradeceu a entrada do país no bloco e demonstrou interesse em ampliar as relações comerciais entre as duas nações. Lula destacou que o Irã foi o maior importador de produtos brasileiros no Oriente Médio em 2022, com um volume de quase US$ 4,3 bilhões em produtos.
Após participar da cúpula do Brics, Lula viajará para Angola, onde realizará uma visita de Estado nos dias 25 e 26 de agosto. Em seguida, seguirá para São Tomé e Príncipe, onde participará da conferência de chefes de Estado da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) no dia 27 de agosto.