O senador Renan Calheiros (MDB-AL) utilizou, na quinta-feira, 24, a plataforma social X, anteriormente conhecida como Twitter, para responder à revelação de que Augusto Aras, procurador-geral da República, teria tentado proteger Meyer Nigri, fundador da Tecnisa, e outros empresários acusados de disseminação de notícias falsas e ataques à democracia no âmbito de um inquérito.
O alagoano não poupou palavras ao expressar sua indignação, destacando: “Destinatário e distribuidor das mentiras sobre a Covid-19 e em favor do golpe, Meyer Nigri foi o empresário homenageado nominalmente na posse de Augusto Aras, o PGR que sabotou a CPI da Pandemia e foi contra investigar os empresários em grupos de golpistas.”
No último sábado (19), o senador já havia criticado duramente Augusto Aras também pela mesma rede social, ressaltando que a suposta cumplicidade do procurador-geral foi fundamental para promover um ambiente de golpismo. Renan Calheiros acusou Aras de proteger o presidente Bolsonaro e de ter encontros secretos com figuras associadas ao movimento golpista.
O senador argumentou que Aras teria obstruído a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia e se mostrado contrário à atual Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), e exigiu ações consequentes: “Aras engavetou tudo e deve ser engavetado. Tá [sic] chegando a hora.”
A troca de mensagens por meio dessa plataforma social entre Renan Calheiros e Augusto Aras está lançando luz sobre alegações de obstrução da justiça e comportamento questionável na esfera pública, gerando debates e questionamentos acerca das ações das principais figuras do cenário político e judicial do país.