BRASIL – A Polícia Militar do Rio indiciou militares por envolvimento na morte de um adolescente. Medidas serão tomadas para investigação do caso.

Quatro policiais militares do Batalhão de Choque da Secretaria de Estado de Polícia Militar foram indiciados pela Corregedoria Geral nesta quinta-feira (24). Eles são acusados de fraude processual e outras irregularidades durante a ação que resultou na morte de Thiago Menezes Flausino, de apenas 13 anos. O caso aconteceu na madrugada do dia 7 deste mês, no acesso à comunidade da Cidade de Deus, zona oeste do Rio de Janeiro.

A investigação conduzida pela Corregedoria apontou indícios de fraude processual, omissão de socorro e descumprimento de missão por parte dos policiais envolvidos. Os agentes estavam lotados no Batalhão de Polícia de Choque na época da ocorrência. O procedimento interno de apuração ocorreu em paralelo às investigações da Polícia Civil e foi baseado nos depoimentos dos próprios policiais.

A corregedoria afirmou ter mantido contato constante tanto com o comando do Batalhão de Choque quanto com a Delegacia de Homicídios da Capital, responsável pela investigação do caso. A colaboração incluiu o fornecimento da identificação dos policiais envolvidos e de outras informações relevantes para a elucidação das circunstâncias da abordagem que resultou na morte do adolescente.

Os quatro policiais foram ouvidos durante a investigação. O comando da Polícia Militar determinou, de imediato, a transferência dos agentes para outra unidade e o afastamento provisório do serviço nas ruas até o fim das investigações.

Durante as apurações, foi descoberto que os militares utilizaram um carro descaracterizado na ação que resultou na morte de Thiago. O veículo era de propriedade de um dos próprios policiais envolvidos. Os familiares da vítima já haviam informado à polícia que PMs fardados, em um carro prata descaracterizado, perseguiram Thiago, que estava na garupa de uma moto, e acertaram três tiros no garoto.

Além disso, a corregedoria também identificou indícios de que uma arma de fogo foi incluída na cena do crime com o intuito de incriminar o adolescente, dando a ideia de que ele teria atirado nos policiais.

Todo o material coletado durante a investigação foi entregue ao Ministério Público Militar. A Delegacia de Homicídios da Capital continua a analisar o caso para determinar se o tiro que tirou a vida do menino partiu da arma dos policiais.

É importante ressaltar que as informações deste texto foram baseadas nas informações divulgadas até o momento, mas é necessário aguardar o desdobramento das investigações para a confirmação dos fatos e das responsabilidades dos envolvidos.

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