A mulher, de 28 anos, relatou que as agressões ocorreram na presença do filho de 2 anos do casal, quando seu marido chegou em casa embriagado. Segundo ela, ele tomou seu celular e, ao pedir o aparelho de volta, desencadeou uma briga. Sem o celular, a mulher ficou impossibilitada de pedir ajuda e decidiu escrever o bilhete como uma tentativa desesperada de obter auxílio.
No depoimento, o marido confirmou a discussão provocada pelo celular, mas negou as agressões. Alegou que pegou o aparelho apenas para assustá-la. No entanto, quando a polícia chegou ao local, a mulher apresentava diversos machucados pelo corpo, o que contradizia a versão do suspeito.
Em seu depoimento, Givanildo também afirmou ter começado a arrumar suas malas para deixar o relacionamento, mas foi impedido pela esposa. Alegou que após isso foi dormir e acordou com a chegada da polícia e sua subsequente detenção.
Os policiais relataram que encontraram o homem em um estado de alteração bastante acentuado e que ele se recusou a acompanhá-los até a delegacia, o que levou à necessidade de algemá-lo. Sua liberação ocorreu mediante a imposição de medidas cautelares, incluindo o uso de uma tornozeleira eletrônica, e a inclusão de sua esposa na lista de mulheres protegidas pela Patrulha Maria da Penha.
Este caso serve como mais um exemplo da importância da Patrulha Maria da Penha e das medidas de proteção para mulheres vítimas de violência doméstica. A resposta rápida da vizinha em chamar a polícia ao encontrar o bilhete de socorro também foi essencial para garantir a segurança da vítima. A decisão judicial de soltar o agressor sob a imposição de medidas cautelares levanta questionamentos sobre a eficácia dessas medidas e a proteção adequada às vítimas. É fundamental que casos como este sejam tratados com a devida seriedade e que a justiça seja efetivamente aplicada para garantir a segurança das mulheres.