A ação está sendo conduzida pela Polícia Federal (PF) e conta com o cumprimento de três mandados de busca e apreensão expedidos pela 12ª Vara da Justiça Federal. Os locais alvo das buscas incluem residências em Fortaleza, Caucaia e Carpina, em Pernambuco.
De acordo com informações da PF, os investigados são suspeitos de aliciar mulheres para a prática da prostituição na Itália. A corporação também informou que já existem indícios de que essas mulheres, ao chegarem à Europa, eram submetidas a trabalhos forçados, restrição de alimentação e constantes ameaças.
Batizada de “Correntes não Visíveis”, a operação tem como objetivo fornecer subsídios para que os investigadores possam identificar os responsáveis pelo esquema e, ainda, encontrar outras possíveis vítimas. Caso sejam condenados pela Justiça, os envolvidos podem enfrentar penas de até 25 anos de prisão, pelos crimes de favorecimento à prostituição e rufianismo, além de possíveis penas por outros delitos.
Dados recentes de um levantamento realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com apoio do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), revelam que as mulheres são as principais vítimas dos grupos de traficantes de pessoas. A pesquisa evidenciou que a principal motivação dos criminosos é recrutar mulheres para a exploração sexual em outros países, principalmente na Europa. Embora mais da metade dos casos analisados tenham resultado em condenações, cerca de 26% foram encerrados com a absolvição dos acusados por falta de provas.
A investigação em curso busca desmantelar essa organização criminosa, garantir a punição dos responsáveis e trazer justiça para as vítimas desse terrível crime. A PF continuará trabalhando para combater o tráfico de pessoas e a exploração sexual, visando proteger os direitos e a dignidade das pessoas envolvidas nesses casos.
