Essa promoção ocorre mesmo após os acusados terem sido denunciados em abril deste ano pelo Ministério Público Estadual pelos crimes de homicídio doloso, fraude processual e denunciação caluniosa. Essas acusações surgiram devido ao fato de Marcelo Barbosa Leite ter sido atingido por um tiro de fuzil durante a abordagem policial.
O empresário foi internado em estado grave e acabou falecendo 21 dias após o ocorrido. O caso chocou a população e gerou grande repercussão tanto no estado de Alagoas quanto no país inteiro. A gravidade do acontecimento levou à nomeação de uma comissão especial de delegados para investigá-lo.
Sidney Tenório, Cayo Rodrigues e Fillipe Caldas foram os delegados responsáveis por conduzir as investigações. Além disso, o Ministério Público Estadual determinou a realização da reprodução simulada da abordagem, com o intuito de esclarecer os fatos ocorridos naquele dia.
No início deste ano, os três militares que integraram a guarnição foram indiciados pela Polícia Civil. O comandante da guarnição, apontado como autor dos disparos que atingiram o empresário, foi indiciado pelos crimes de homicídio doloso, fraude processual e denunciação caluniosa. Os outros dois militares também foram denunciados por envolvimento nos crimes de fraude processual e denunciação caluniosa.
A promoção desses policiais, mesmo em meio às acusações graves e às investigações em andamento, causa surpresa e indignação. A população questiona se houve uma adequada avaliação dos eventos ocorridos na abordagem policial e qual critério foi utilizado para a promoção dos envolvidos.
O Alagoas 24 Horas entrou em contato com a 5ª Seção da PM/AL, responsável pela comunicação da Corporação, para obter posicionamento sobre o assunto, mas ainda aguarda uma resposta. A decisão de promover esses policiais em meio a um caso tão sensível e polêmico traz à tona questionamentos sobre a efetividade das instituições responsáveis pela segurança pública e a necessidade de uma maior transparência e accountability nessas situações.