No entanto, a unidade precisou interromper o fornecimento de água na manhã de segunda-feira (28) devido à presença de surfactantes, um composto presente em detergentes, no rio Guandu. Somente durante a noite de segunda-feira, o abastecimento foi retomado parcialmente.
Segundo informações do governo, o processo de normalização do abastecimento de água pode levar até 72 horas para ser concluído nas regiões atendidas pelo sistema Guandu, abrangendo o Rio de Janeiro e diversos municípios da Baixada Fluminense, como Duque de Caxias e Nova Iguaçu.
O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), da Polícia Civil, estão trabalhando em conjunto para identificar os responsáveis pelo descarte criminoso do material no rio Guandu. Em uma coletiva de imprensa realizada na segunda-feira, o Inea e a Cedae afirmaram que o lançamento do composto na água foi realizado de forma criminosa, causando o aparecimento de espuma no rio Guandu.
Este episódio levanta ainda mais preocupações em relação à qualidade da água fornecida para a população do Rio de Janeiro e região metropolitana. Nos últimos anos, a Cedae tem enfrentado diversos problemas relacionados ao tratamento e distribuição de água, o que tem gerado constantes escassez e problemas de contaminação.
É fundamental que as autoridades competentes intensifiquem a fiscalização e punam severamente aqueles que desrespeitam os protocolos de proteção ambiental e colocam em risco a saúde e o bem-estar da população. Além disso, investimentos em infraestrutura e modernização das estações de tratamento de água são fundamentais para garantir a regularidade e a qualidade do abastecimento. A população merece e tem o direito de ter acesso a água potável de forma segura e confiável.