No Acre, a Operação Terra Prometida foi iniciada após denúncias de moradores da região sobre desmatamento nas terras da Floresta Estadual do Antimary, localizada no município de Sena Madureira. As investigações da Polícia Federal apontaram que 598 hectares de área foram desmatados, causando prejuízos estimados em cerca de R$18 milhões.
Um dos alvos da Operação Terra Prometida é Amair Feijoli da Cunha, conhecido como Tato. Ele foi condenado a 27 anos de prisão por seu envolvimento no assassinato da missionária Dorothy Stang, no Pará. No entanto, Cunha teve sua condenação reduzida para 18 anos devido a uma delação premiada.
No sul do estado do Amazonas, a Operação Xingu identificou 800 hectares de mata nativa amazônica desmatada, nas regiões de Boca do Acre e Lábrea. As investigações indicam que a prática de grilagem de terras públicas para criação de gado resultou em um prejuízo ambiental de aproximadamente R$17 milhões.
Os envolvidos nos crimes investigados pelas operações são um grileiro, dois pecuaristas e um técnico de georreferenciamento. Esse último é responsável por regularizar de forma ilegal imóveis rurais junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e ao Cadastro Ambiental Rural.
Os suspeitos podem responder pelos crimes de associação a organização criminosa, invasão de terras públicas, desmatamento, falsidade ideológica, estelionato e lavagem de dinheiro. Somadas, as penas podem ultrapassar 20 anos de prisão.
As operações da Polícia Federal são mais uma demonstração do combate e da preocupação com os crimes ambientais na Amazônia. O desmatamento ilegal e a grilagem de terras são problemas recorrentes na região e causam enormes prejuízos ao meio ambiente.
É fundamental que as ações de combate sejam intensificadas e que os responsáveis sejam devidamente punidos, a fim de deter a destruição desenfreada da floresta amazônica. Somente assim poderemos garantir a preservação desse importante bioma brasileiro e a sustentabilidade do planeta como um todo.