Suspeito de homicídio em um caso chocante é detido após cometer o crime diante das próprias crianças.

Um homem de 35 anos foi preso nesta quarta-feira (30), no interior de Alagoas, acusado de espancar e matar sua companheira utilizando uma barra de ferro. O crime ocorreu no ano de 2010, no Sítio Moita dos Pulças, na zona rural de Poço das Trincheiras.

De acordo com informações da Polícia Civil de Alagoas (PC/AL), no dia do crime, a vítima, identificada como Girlene da Silva Pereira, de 20 anos, havia discutido com o autor. Ela decidiu sair de casa levando seus dois filhos, mas foi perseguida pelo companheiro, que também agrediu as crianças.

Testemunhas relataram à polícia que uma das crianças chegou a implorar para que o pai não matasse a sua mãe. O agressor, que foi condenado a 24 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado, não respondeu pelo crime de feminicídio, pois na época o delito ainda não havia sido criado.

Durante a diligência na cidade de Poço das Trincheiras, os policiais encontraram o autor do crime, que além de estar envolvido no assassinato da companheira, estava portando uma arma de fogo sem registro. Logo em seguida, ele foi encaminhado para a delegacia, onde foram realizados todos os procedimentos legais cabíveis.

O feminicídio é caracterizado como o assassinato de uma mulher, pelo fato de ela ser mulher, sendo considerado um crime hediondo. No entanto, na época do acontecido, essa tipificação ainda não estava em vigor. O caso chama a atenção para a necessidade de combater a violência doméstica e ressaltar a importância do feminicídio como categoria penal, para punir de forma adequada esse tipo de crime.

Infelizmente, esse não é um caso isolado. A violência contra a mulher tem sido um grave problema em nosso país, demandando ações efetivas por parte das autoridades para enfrentar essa realidade preocupante. A sociedade precisa se unir e denunciar casos de violência doméstica, garantindo assim a segurança e a dignidade das mulheres.

O agressor agora enfrentará as consequências de seus atos, cumprindo a pena de 24 anos de prisão pelo homicídio da companheira. Esperamos que essa prisão traga um pouco de alívio para a família da vítima e seja um exemplo de que a violência contra a mulher não será tolerada em nossa sociedade.

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