Intitulada de “Yalorixá Tia Marcelina”, a delegacia especializada já registrou 470 Boletins de Ocorrência de casos de violências contra vulneráveis nos doze meses de funcionamento. Destes, 290 casos foram de violência contra idosos, representando 65% do total. Os crimes contra a população LGBTQIA+ ocupam o segundo lugar, com 69 registros, ou seja, 15% do total.
A delegada Rebecca Cordeiro, titular da delegacia, ressalta a importância deste espaço para as vítimas. Segundo ela, o fato de ter um local específico para procurar já faz uma grande diferença na vida dessas pessoas, que encontram um grupo preparado para ouvi-las e acolhê-las. A delegada enfatiza que a equipe busca sempre solucionar os problemas dessa população vulnerável.
Antes da inauguração desta delegacia especializada, essas populações frequentemente não se sentiam acolhidas e muitas ocorrências não eram registradas. Portanto, a existência dessa delegacia possibilita não apenas o combate aos crimes contra essas populações, mas também o registro adequado das ocorrências.
O delegado-geral da Polícia Civil, Gustavo Xavier, destaca o compromisso da instituição em proteger os direitos fundamentais das pessoas em situação de vulnerabilidade, que muitas vezes não têm condições mínimas de sobrevivência. Xavier ressalta ainda que a Polícia Civil tem se fortalecido e se capacitado para integrar-se cada vez mais com as questões sociais, realizando visitas em conjunto com outros órgãos, como as Secretarias da Mulher e Direitos Humanos, a fim de garantir a proteção e garantir os direitos fundamentais dessa população.
Em um ano de funcionamento, a Delegacia Especial dos Crimes contra Vulneráveis tem sido fundamental para a população vulnerável em Maceió. A existência de um espaço especializado para atendimento dessas vítimas tem garantido que suas vozes sejam ouvidas e que os crimes contra elas sejam devidamente registrados e investigados. É um passo importante no combate à violência e na proteção dos direitos fundamentais dessas populações.