Com esse resultado, a balança comercial do país acumula um superávit de US$ 63,322 bilhões nos oito primeiros meses do ano. Esse valor já é maior do que o superávit recorde de US$ 61,525 bilhões registrado em todo o ano de 2022.
No mês de agosto, as exportações tiveram um crescimento leve, enquanto as importações tiveram uma queda significativa. O Brasil vendeu US$ 31,211 bilhões para o exterior, um aumento de apenas 1,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Já as importações totalizaram US$ 21,444 bilhões, uma queda de 19,6%.
Entre os principais fatores que contribuíram para esses resultados, destacam-se a safra recorde de grãos e a maior demanda por minério de ferro nas exportações. Além disso, a queda no preço do petróleo e de seus derivados foi crucial para a redução das importações.
No setor agropecuário, o destaque foi para o aumento significativo na exportação de milho, café e soja. Já na indústria extrativa, os principais destaques foram o minério de ferro e os minérios de níquel.
Em relação às importações, houve uma redução nas compras de trigo, centeio, látex, borracha natural, gás natural, carvão e óleos brutos de petróleo. Os fertilizantes também tiveram uma queda nas importações, principalmente devido à diminuição dos preços.
Apesar da desvalorização das commodities, o governo brasileiro estima um superávit recorde de US$ 84,7 bilhões para o ano de 2023. Essa projeção é maior do que a anterior, que previa um resultado de US$ 84,1 bilhões. As exportações devem diminuir 1,4% este ano, chegando a US$ 330 bilhões, e as importações devem recuar 10%, totalizando US$ 245,2 bilhões.
As previsões do governo são mais otimistas do que as do mercado financeiro, que projeta um superávit de US$ 70,9 bilhões para este ano. No entanto, é importante ressaltar que as estimativas do MDIC são atualizadas a cada três meses, podendo sofrer alterações ao longo do ano.