BRASIL – Ex-secretário do GSI afirma que não houve facilitação à invasão do Palácio do Planalto por vândalos e golpistas

No depoimento prestado à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do Distrito Federal, o ex-secretário executivo do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, o general Carlos José Russo Assumpção Penteado, negou qualquer facilitação à invasão do Palácio do Planalto por vândalos e golpistas, que ocorreu em 8 de janeiro devido à insatisfação com o resultado das eleições de outubro de 2022.

Penteado foi nomeado para o cargo no final de julho de 2021, durante o governo de Jair Bolsonaro, e permaneceu após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante seu depoimento, ele afirmou que as imagens disponibilizadas mostram claramente que não houve nenhuma facilitação por parte do GSI.

De acordo com o ex-secretário, no dia da invasão, quase todos os cargos de decisão do órgão ainda eram ocupados por remanescentes do governo Bolsonaro. Ele era o responsável por supervisionar e coordenar as atividades dos órgãos subordinados ao gabinete e assessorar o ministro em assuntos relacionados à solicitação do emprego das tropas das Forças Armadas na garantia da lei e da ordem.

Penteado afirmou aos deputados distritais que não foi informado pelo novo ministro Gonçalves Dias sobre os alertas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sobre o risco de invasão de prédios públicos durante os atos ocorridos em janeiro. Ele só foi comunicado por volta das 14h50 do dia 8 de janeiro de que as barreiras montadas para proteger o Palácio do Planalto haviam sido rompidas.

Ao chegar ao Palácio por volta das 15h20, Penteado teve dificuldades para ingressar no prédio devido à presença de manifestantes, que chegaram a agredi-lo. Ele destacou que os invasores eram violentos e atacaram os soldados que estavam no local. Segundo ele, o Palácio do Planalto é vulnerável e não possui nenhuma barreira que impeça os manifestantes de adentrarem o estacionamento e chegarem rapidamente às vidraças do primeiro piso.

Penteado ressaltou que o Plano Escudo, utilizado para proteger o Palácio, estava ativado no dia da invasão, com mais de uma companhia de militares no interior do prédio. No entanto, essas tropas não foram suficientes para conter os manifestantes devido ao grande número de invasores. O ex-secretário acredita que se os alertas da Abin e de outros órgãos tivessem sido repassados corretamente, o Plano Escudo teria sido efetivo.

Ele concluiu seu depoimento afirmando que as invasões poderiam não ter acontecido se os alertas tivessem sido repassados aos responsáveis pelo Plano Escudo, destacando que isso não ocorreu devido à sabotagem, desídia ou desleixo por parte dos servidores do GSI.

Apesar de o ex-secretário ter fornecido informações durante seu depoimento à CPI, é importante ressaltar que as informações não foram citadas diretamente da fonte e devem ser verificadas e consultadas em relação à cobertura jornalística existente relacionada ao tema.

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