BRASIL – Obra infantil “Luanda no mundo da ciência” é lançada na Bienal do Livro do Rio de Janeiro, destacando cientistas negras.

Foi lançada na última segunda-feira (4), durante a Bienal do Livro do Rio de Janeiro, a obra infantil intitulada “Luanda no mundo da ciência”. O livro é resultado dos projetos de extensão “As incríveis cientistas negras: educação, divulgação e popularização da ciência”, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e “Mulheres negras fazendo ciência”, do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet)-RJ, campus Maria da Graça.

A autora do livro é Ana Lúcia Nunes de Sousa, professora do Instituto Nutes de Educação em Ciências e Saúde da UFRJ, e as ilustrações são de May Dinis. A obra conta a história de cientistas negras do estado do Rio de Janeiro e tem uma abordagem lúdica, sendo narrada pelo ponto de vista da personagem Luanda, uma menina de 10 anos.

No enredo do livro, Luanda precisa fazer uma redação para a escola sobre o que deseja ser quando crescer. Ao ver sua angústia, sua prima mais velha Carol lhe apresenta o mundo das cientistas. O objetivo do livro é mostrar para as meninas negras a importância de conhecer cientistas negras e entender o impacto das pesquisas por elas realizadas em diversas áreas do conhecimento, desde a dança até a astronomia.

O livro está sendo vendido por R$ 20 no estande da Editora Kitembo, localizado no Pavilhão Laranja da Bienal. Além disso, 120 exemplares serão distribuídos gratuitamente nas bibliotecas de sete escolas em que o projeto está trabalhando atualmente, sendo elas o Colégio Pedro II (campus Tijuca), Fundação Osório, Colégio Estadual Professora Maria Terezinha Machado, Escola Popular de Agroecologia do Centro de Integração da Serra da Misericórdia, Escola Municipal Brant Horta, Cefet campus Petrópolis e Cefet campus Maria da Graça.

Ana Lúcia Nunes de Sousa ressaltou que o projeto de pesquisa que mapeia cientistas negras do estado do Rio de Janeiro e o projeto de extensão que faz a divulgação dessas pesquisadoras foram os responsáveis pelo surgimento do livro. A autora espera que a obra chegue a muitas escolas públicas e crianças, principalmente meninas negras e periféricas, para que elas possam visualizar a ciência como uma possibilidade real.

O apoio para a produção do livro foi fornecido pela Pró-Reitoria de Extensão da UFRJ, pelo British Council e pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), por meio do Programa Meninas e Mulheres nas Ciências Exatas e da Terra, Engenharias e Computação. O livro tem uma função paradidática e pode auxiliar em atividades pedagógicas de diversas disciplinas, abordando temáticas relacionadas à cultura e à cidadania.

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