Polícia Militar de Alagoas condena três agentes por latrocínio ocorrido em Colônia Leopoldina em 2017

No último dia 09 de dezembro de 2017, a cidade de Colônia Leopoldina, em Alagoas, foi palco de um crime de latrocínio que chocou a população. João Pereira da Silva, conhecido como Joãozinho, foi morto durante uma ação criminosa ocorrida em sua própria casa. Agora, três anos depois, a Justiça finalmente condenou os responsáveis pelo terrível crime.

De acordo com os autos do processo, o crime foi comandado pelo 2º tenente da Polícia Militar, Tiago da Silva Duarte, que foi preso em 2019 durante a Operação Expurgo, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual.

Além do tenente Tiago Duarte, outros dois policiais militares, identificados como Manoel Felipe e Marcelo Acioli, também participaram do crime. A motivação seria a busca por entorpecentes e dinheiro na residência de João Pereira, que era conhecido como traficante na região. No entanto, ao não encontrarem o que procuravam, os policiais acabaram torturando os presentes na casa. O desfecho trágico veio quando Tiago Duarte deu dois tiros na cabeça de Joãozinho, que foi fatal.

Após uma longa espera por justiça, a 17ª Câmara Criminal da Capital finalmente emitiu a sentença condenatória para os envolvidos no crime. Os três policiais foram condenados pelo crime de latrocínio, uma vez que se trata de um roubo seguido de morte. Além disso, Manoel Felipe e Marcelo Acioli foram condenados por participação em uma organização criminosa. Já Tiago Duarte ainda responderá pelo crime de tortura.

A pena imposta a Tiago Duarte foi de 28 anos, oito meses e 15 dias de reclusão, enquanto os outros dois policiais receberam uma pena de 24 anos e oito meses. A sentença foi publicada no Diário Oficial da Justiça em 29 de agosto deste ano.

Com a condenação dos responsáveis, a população espera que a justiça seja feita e que casos como este não se repitam. É fundamental que os policiais, que têm o dever de proteger a sociedade, sejam exemplares em seu comportamento e ajam dentro dos limites da lei. O caso de João Pereira serve como um lembrete da importância de uma atuação ética e de acordo com os princípios da justiça, mesmo para aqueles que juraram defendê-la.

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