BRASIL – “Exposição Juízas Negras Para Ontem leva obras de arte de rua para capitais brasileiras, em busca de representatividade no STF”

Nessa quarta-feira (13), mais da metade das capitais do Brasil pôde contemplar obras de arte de rua que expressam a importância de ter uma mulher negra como ministra no Supremo Tribunal Federal (STF). Os cartazes, parte da mostra “Juízas Negras Para Ontem”, foram produzidos por 24 artistas e estão espalhados pela cidade.

A diretora de arte e curadora da mostra destacou a demanda da sociedade por mais igualdade racial e de gênero no STF, considerando que 56% dos brasileiros se identificam como pretos e pardos, e quase um terço da população é composta por mulheres negras. É importante ressaltar que, em 132 anos, o STF teve apenas três ministros negros e três mulheres como ministras, todas elas brancas.

Para a diretora de arte, ter uma mulher negra no STF é uma questão de justiça. É também uma forma de enfrentar injustiças históricas e promover a reparação. A falta de representatividade no STF é um reflexo da subalternização e exclusão que as pessoas negras enfrentam desde o período colonial.

Uma das artistas, Mitti Mendonça, explicou como foi seu processo criativo para contribuir com a exposição. Sua obra, que coloca uma mulher negra em destaque em contrapartida a uma cadeira vazia, simboliza a importância de termos representantes no STF. A paleta de cores utilizada faz referência à bandeira do Brasil, estabelecendo uma conexão direta com a política.

Para conhecer mais sobre os artistas e os locais onde esses cartazes estão instalados, é possível acessar o site oficial da exposição “Juízas Negras Para Ontem”.

Essa iniciativa artística busca chamar a atenção para a falta de representatividade no STF e para a necessidade de inclusão de mulheres negras nesse espaço de poder. A mostra é uma forma de estimular o debate e de conscientizar a sociedade sobre a importância da diversidade nas instituições públicas.

É fundamental que a composição do STF reflita a diversidade da população brasileira, garantindo que diferentes vozes e perspectivas sejam ouvidas e consideradas nas decisões judiciais. A luta por igualdade racial e de gênero não pode ser ignorada, e a inclusão de mulheres negras no STF é um passo importante nesse sentido.

A exposição “Juízas Negras Para Ontem” é um convite para refletirmos sobre a necessidade de superar as desigualdades históricas e de construir um país mais igualitário. O acesso à justiça e a garantia de direitos devem ser alcançados por todas as pessoas, independentemente de sua cor de pele ou gênero. A representatividade no STF é uma conquista coletiva e uma forma de fortalecer a democracia.

Sair da versão mobile