O ministro também determinou que Thiago Mathar deverá pagar solidariamente com outros investigados o valor de R$ 30 milhões de ressarcimento pela participação na depredação. O réu foi preso pela Polícia Militar no Palácio do Planalto e segue detido no presídio da Papuda, no Distrito Federal.
Durante seu voto, Moraes destacou que Thiago Mathar viajou de ônibus desde São José do Rio Preto (SP), passou pelo quartel do Exército, em Brasília, e foi flagrado por câmeras de segurança andando por um dos andares do Palácio do Planalto após participar da depredação. O ministro ressaltou que o réu não estava no local apenas como um espectador, como alega a defesa. “O segundo réu não veio aqui passear. É mentira. Ele mesmo confessa”, afirmou Moraes.
Após o voto do ministro, o julgamento prosseguirá com a tomada dos demais votos. A defesa de Thiago Mathar alega que ele não participou da depredação do Palácio do Planalto, afirmando que estava “se manifestando pacificamente”. De acordo com o advogado Hery Waldir, seu cliente não tinha intenção de danificar o prédio, apenas entrou no local para “se abrigar”.
É importante ressaltar que os atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro foram uma grave afronta à democracia e ao Estado de Direito. A depredação do Palácio do Planalto foi um exemplo de vandalismo e violência, e aqueles que participaram desses atos devem ser responsabilizados de acordo com a lei. O STF tem a missão de garantir a segurança jurídica e preservar a ordem democrática no país, e a condenação dos envolvidos é um passo importante nesse sentido. A decisão tomada pelo ministro Alexandre de Moraes demonstra o comprometimento do tribunal em combater qualquer tentativa de subverter a democracia brasileira.