Além disso, ficou estabelecido que o réu será responsável pelo pagamento solidário, juntamente com outros investigados, no valor de R$ 30 milhões como forma de ressarcimento pelos danos causados à sede dos Três Poderes.
Morador de Apucarana, no Paraná, Matheus foi preso na Esplanada dos Ministérios no dia dos ataques, portando um canivete, logo após deixar o Congresso Nacional. De acordo com as investigações, em mensagens enviadas a parentes durante os atos, ele defendeu a intervenção militar para a tomada do poder pelo Exército.
Com base no voto do relator, Alexandre de Moraes, a maioria dos ministros do STF concordou que o réu cometeu os crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, além da deterioração do patrimônio tombado.
Durante o julgamento, a advogada Larissa Lopes de Araújo, que representa o réu, emocionou-se e acusou o Supremo de não respeitar a Constituição. Ela argumentou que Matheus não participou da depredação e afirmou que as imagens das câmeras de segurança mostram o acusado distante da Esplanada em pontos diferentes em um período inferior a cinco minutos de filmagem.
“Em que momento Matheus entrou nos três prédios e quebrou tudo? Fala para mim! Em cinco minutos? Só se ele fosse um super-homem”, declarou a advogada em sua sustentação.
Vale ressaltar que, mais cedo, o STF condenou outros dois réus pelos mesmos cinco crimes. Aécio Pereira, que foi preso no plenário do Senado, recebeu uma pena de 17 anos de prisão em regime fechado. Já Thiago Mathar, preso dentro do Palácio do Planalto, foi condenado a uma pena de 14 anos.
É importante destacar que essas informações foram relatadas com base nos eventos ocorridos no julgamento do STF, porém, não foi mencionada a fonte original das informações.