Para o próximo ano, a expectativa também é de crescimento, porém em um ritmo mais moderado, com uma estimativa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,5%. Já para os anos de 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta um aumento de 1,95% e 2% no PIB, respectivamente.
Essas previsões ganham ainda mais relevância após a divulgação dos dados do segundo trimestre de 2023, que mostraram um crescimento de 0,9% em relação aos primeiros três meses do ano. Além disso, comparado ao mesmo período de 2022, a economia brasileira registrou um avanço de 3,4%. No acumulado dos últimos 12 meses, o crescimento do PIB ficou em 3,2%.
Em relação à inflação, a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve uma pequena queda, passando de 4,93% para 4,86%. Para os anos seguintes, as estimativas são de 3,86% para 2024, 3,5% para 2025 e 2026. É importante destacar que a estimativa para este ano está acima do teto da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, o que indica a necessidade de atenção por parte do Banco Central.
Para controlar a inflação, o Banco Central utiliza como principal instrumento a taxa básica de juros, conhecida como Selic. Após um ciclo de elevação da taxa, o Copom iniciou, no mês passado, uma redução gradual da Selic. A expectativa é que o Comitê decida por uma nova redução durante a reunião desta semana, levando a taxa para 12,75% ao ano. O mercado financeiro projeta que a taxa básica encerre 2023 em 11,75%.
Quando a Selic é elevada, o objetivo é conter a demanda aquecida, enquanto sua redução estimula a produção e o consumo. No entanto, os bancos consideram diversos fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, o que pode dificultar a expansão da economia mesmo com a redução da Selic.
Por fim, a previsão para a cotação do dólar é de R$ 4,95 para o final deste ano e R$ 5 para o final de 2024. Esses números mostram uma expectativa de estabilidade na taxa de câmbio nos próximos anos.
Em resumo, as últimas projeções do mercado financeiro indicam um aumento nas expectativas para o crescimento da economia brasileira e uma leve redução na previsão da inflação. Esses fatores podem influenciar as decisões do Banco Central em relação à taxa de juros, que ainda busca controlar a inflação. A estabilidade da taxa de câmbio também é um ponto importante a ser observado nos próximos anos.