BRASIL – Ministério dos Povos Indígenas pede que Polícia Federal assuma investigações de assassinato de casal indígena em Mato Grosso do Sul.

O Ministério dos Povos Indígenas solicitou que a Polícia Federal (PF) assuma a investigação do assassinato de um casal indígena que ocorreu nesta segunda-feira (18) em Aral Moreia, cidade localizada na fronteira com o Paraguai. Os indígenas, idosos e líderes religiosos da etnia guarani-kaiowá, foram encontrados carbonizados na aldeia Guassuty.

Vídeos divulgados nas redes sociais mostram os corpos em meio a uma nuvem de fumaça provocada pelo incêndio criminoso que consumiu a residência onde moravam. Segundo o Ministério dos Povos Indígenas, o crime ocorreu durante a madrugada, mas as imagens só foram divulgadas no período da tarde.

O caso está sendo investigado pelo Departamento de Polícia Civil e pela Polícia Militar de Mato Grosso do Sul. De acordo com a Coordenação Regional da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) em Ponta Porã, um suspeito foi identificado e detido, porém, sua identidade não foi revelada.

Em nota, o Ministério dos Povos Indígenas informou que está acompanhando de perto o caso e que espera que o responsável por esse crime seja devidamente punido. A pasta recebeu com pesar e indignação a notícia do assassinato.

A líder religiosa era rezadeira na aldeia indígena e ela e o marido foram mortos dentro de sua residência, local onde não apenas viviam, mas também promoviam rituais espirituais tradicionais do povo guarani-kaiowá.

Infelizmente, não é a primeira vez que a violência atinge a comunidade indígena. A região de Mato Grosso do Sul é conhecida pelas constantes disputas de terras entre indígenas e fazendeiros. Esses conflitos muitas vezes resultam em ataques e assassinatos de indígenas, que lutam pelo reconhecimento de seus direitos e pela posse de suas terras ancestrais.

Ainda há muito a ser feito para garantir a segurança e a proteção dos povos indígenas no Brasil. É essencial que as autoridades se empenhem na elucidação deste caso e na punição dos culpados, para que a impunidade não prevaleça e para que crimes como esse não se repitam. A sociedade civil também deve se manifestar e cobrar medidas efetivas do Estado para garantir a segurança e o respeito aos direitos dos povos indígenas.

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