Vídeos divulgados nas redes sociais mostram os corpos em meio a uma nuvem de fumaça provocada pelo incêndio criminoso que consumiu a residência onde moravam. Segundo o Ministério dos Povos Indígenas, o crime ocorreu durante a madrugada, mas as imagens só foram divulgadas no período da tarde.
O caso está sendo investigado pelo Departamento de Polícia Civil e pela Polícia Militar de Mato Grosso do Sul. De acordo com a Coordenação Regional da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) em Ponta Porã, um suspeito foi identificado e detido, porém, sua identidade não foi revelada.
Em nota, o Ministério dos Povos Indígenas informou que está acompanhando de perto o caso e que espera que o responsável por esse crime seja devidamente punido. A pasta recebeu com pesar e indignação a notícia do assassinato.
A líder religiosa era rezadeira na aldeia indígena e ela e o marido foram mortos dentro de sua residência, local onde não apenas viviam, mas também promoviam rituais espirituais tradicionais do povo guarani-kaiowá.
Infelizmente, não é a primeira vez que a violência atinge a comunidade indígena. A região de Mato Grosso do Sul é conhecida pelas constantes disputas de terras entre indígenas e fazendeiros. Esses conflitos muitas vezes resultam em ataques e assassinatos de indígenas, que lutam pelo reconhecimento de seus direitos e pela posse de suas terras ancestrais.
Ainda há muito a ser feito para garantir a segurança e a proteção dos povos indígenas no Brasil. É essencial que as autoridades se empenhem na elucidação deste caso e na punição dos culpados, para que a impunidade não prevaleça e para que crimes como esse não se repitam. A sociedade civil também deve se manifestar e cobrar medidas efetivas do Estado para garantir a segurança e o respeito aos direitos dos povos indígenas.