Alckmin destacou que o Brasil possui inúmeras oportunidades de investimento e parceria, tanto no comércio exterior quanto em infraestrutura. Ele ressaltou a extensão territorial do país, sendo o quinto maior do mundo, com 5.570 municípios, destacando que um município como Altamira (PA) é maior que Portugal. Além disso, o presidente destacou a importância da democracia para atrair investimentos, proporcionando segurança jurídica e regras estáveis para os investidores.
O objetivo da apresentação do programa ao corpo diplomático é alcançar as empresas e fundos de investimento internacionais. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o objetivo é estimular a formação de consórcios envolvendo empresas nacionais e estrangeiras. Costa enfatizou a busca por recursos mais acessíveis para viabilizar os projetos, principalmente aqueles que dependem de tarifas, visando garantir tarifas mais acessíveis para a população.
Diferentemente do que se especulava, não haverá estímulo financeiro-econômico diferenciado para empresas estrangeiras. O governo busca atrair investimentos internacionais para alavancar os projetos e auxiliar as empresas brasileiras que têm capacidade operacional, mas enfrentam problemas financeiros. A solução seria a formação de consórcios entre essas empresas e empresas internacionais ou nacionais, possibilitando o acesso a crédito.
Alckmin ressaltou a importância da manifestação pública do governo para orientar o investimento. Ele destacou que, em muitas nações, as empresas se sentem autorizadas e liberadas a investir quando o governo demonstra interesse e apoio. O presidente enfatizou que o governo brasileiro quer estimular publicamente as parcerias entre empresas nacionais e estrangeiras.
O Novo PAC, lançado no mês passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, prevê um total de R$ 1,7 trilhão em investimentos públicos e privados. O programa tem como principais objetivos gerar emprego e renda, reduzir desigualdades sociais e regionais, e acelerar o crescimento econômico. Além disso, o governo destaca a transição ecológica, a neoindustrialização, o crescimento com inclusão social e a sustentabilidade ambiental como compromissos do programa.
Maria Laura da Rocha, ministra interina das Relações Exteriores, afirmou que o Itamaraty contribuirá na implementação do Novo PAC, estabelecendo contato com as representações diplomáticas no Brasil. Para Rocha, o programa é uma oportunidade de promover equidade social e eficiência produtiva, além de integrar a política de investimentos do país para aumentar a produtividade, a renda e o emprego.
Dos recursos do Novo PAC, R$ 371 bilhões serão provenientes do Orçamento Geral da União, R$ 612 bilhões serão investidos pelo setor privado, R$ 343 bilhões pelas empresas estatais, como a Petrobras, e R$ 362 bilhões virão de financiamentos. Estima-se que R$ 1,4 trilhão serão aplicados até 2026, sendo o restante investido posteriormente.
Com o Novo PAC, o governo brasileiro busca impulsionar o desenvolvimento econômico do país, atraindo investimentos nacionais e internacionais, e promovendo a geração de emprego, a redução das desigualdades sociais e regionais, e o crescimento sustentável e inclusivo.