O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, relatou que a reunião entre os presidentes foi muito importante e que ambos deram instruções aos seus ministros de relações exteriores para continuarem trabalhando em temas bilaterais e multilaterais, com foco na questão da paz. Segundo o ministro, o presidente Zelensky expôs sua posição e visão da situação, ressaltando a importância de um diálogo contínuo.
Durante o encontro, Lula informou a Zelensky que o assessor internacional para Assuntos Internacionais do governo brasileiro, Celso Amorim, será o representante do país nas reuniões do Processo de Copenhague, iniciativa que busca discutir possibilidades de paz entre Rússia e Ucrânia. O presidente brasileiro demonstrou sua preocupação em buscar a paz para acabar com o sofrimento causado pela guerra e pela destruição que assolam o país.
Além da questão da guerra, os presidentes discutiram aspectos da relação bilateral entre Brasil e Ucrânia e dialogaram sobre a necessidade de reformas na governança internacional, incluindo a reforma do Conselho de Segurança da ONU.
Antes do encontro com Zelensky, Lula se reuniu com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para lançar uma parceria para promoção do trabalho decente. De acordo com o chanceler Mauro Vieira, Lula recebeu 60 pedidos de encontro bilateral durante sua estadia nos Estados Unidos, demonstrando o esforço do presidente em fortalecer as relações diplomáticas do Brasil.
Ao longo de sua estadia em Nova York, Lula se encontrou com presidentes e chefes de governo de diversos países, incluindo Suíça, Áustria, Alemanha, Noruega, Palestina, Estados Unidos e Paraguai. O ex-presidente tem se empenhado em realizar uma diplomacia presidencial, buscando tirar o Brasil do isolamento em que se encontrava nos últimos anos.
Após os encontros em Nova York, Lula e sua comitiva retornarão ao Brasil ainda nesta quarta-feira, encerrando sua participação na 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas.