Segundo Haddad, perseguir a meta fiscal demonstra a seriedade do país com as contas públicas, principalmente considerando que o Brasil está em uma situação mais confortável do que outros países que estão enfrentando dificuldades para equilibrar suas contas. O ministro ressaltou que a situação do Brasil é menos dramática nesse aspecto, mas é necessário continuar trabalhando para acertar as contas.
O Copom, em seu comunicado, alertou sobre o impacto que uma eventual mudança na meta fiscal para o próximo ano teria sobre a política de juros. O comitê reforçou a importância da execução das metas fiscais já estabelecidas para garantir a ancoragem das expectativas de inflação e permitir a condução da política monetária de forma efetiva.
De acordo com o novo arcabouço fiscal, a meta de resultado primário zero foi estabelecida para o próximo ano, com margem de tolerância de 0,25 ponto percentual. Isso significa que o país pode alcançar um superávit de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) ou um déficit na mesma magnitude.
Haddad destacou a importância da parceria com o Congresso Nacional para cumprir a meta estabelecida. O governo tem enviado uma série de medidas provisórias e projetos de lei ao Congresso visando reduzir ou extinguir benefícios fiscais concedidos nos últimos anos e aumentar a arrecadação do país. Para cumprir a meta de resultado primário zero, o governo precisará de R$ 128 bilhões no próximo ano.
No mesmo dia, o ministro também se encontrou com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para um almoço. Haddad afirmou que esses encontros são rotineiros e servem para trocar informações técnicas sobre a economia e alinhar decisões para o futuro.
O ministro comentou ainda sobre a turbulência no mercado internacional causada pelo comunicado do Federal Reserve (Fed), o Banco Central norte-americano. Apesar de não terem mexido nas taxas de juros no encontro dessa quarta-feira, o Fed indicou que poderá aumentá-las num futuro próximo. Essa notícia fez o dólar subir em todo o mundo e despertou preocupações.
Haddad ressaltou que o governo está acompanhando as mudanças no cenário internacional e trabalhando para construir o melhor caminho diante dessas situações. Ele mencionou que já conversou com a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, sobre o tema, mostrando a preocupação em relação aos juros de longo prazo.
Perseguir a meta fiscal é fundamental para garantir a estabilidade econômica do país e o compromisso do governo de reequilibrar as contas públicas. Com a parceria do Congresso Nacional e o trabalho conjunto com o Banco Central, o Brasil busca seguir em direção à retomada do crescimento econômico e solidez financeira.