Adeximo estava desaparecido desde o dia 18 de Agosto e, após investigações, seu corpo foi encontrado na data mencionada. Segundo informações, a vítima residia em Coqueiro Seco e teria comparecido a uma festa em Santa Luzia do Norte. Ao retornar para casa a pé, no entanto, Adeximo foi interceptado por traficantes, que o executaram devido ao seu envolvimento com drogas.
De acordo com a confissão do funcionário, ele foi chamado pelos traficantes para enterrar o corpo da vítima, que havia sido julgado e condenado pelo “tribunal do crime”. Com medo de represálias e admitindo ser usuário de drogas, o homem acatou as ordens dos criminosos e ocultou o cadáver em um canavial, nas terras da Fazenda São José.
Além do crime de ocultação de cadáver, o funcionário também será indiciado por peculado, por utilizar um bem público para proveito próprio. Segundo informações, ele utilizou a máquina retroescavadeira da Prefeitura do município, onde trabalha há sete meses, para realizar o enterro clandestino.
O caso chocou a cidade de Santa Luzia do Norte e suscitou debates sobre a segurança pública e o aliciamento de funcionários públicos por organizações criminosas. A população manifestou indignação diante do envolvimento de uma autoridade municipal em um crime tão grave, exigindo medidas enérgicas das autoridades competentes.
A equipe de investigação ainda trabalha para identificar e prender os traficantes responsáveis pelo homicídio de Adeximo. O delegado Valdeks Pereira afirmou que todos os envolvidos serão devidamente responsabilizados pelos seus atos perante a lei.
Enquanto isso, a Prefeitura de Santa Luzia do Norte anunciou que irá abrir uma sindicância interna para investigar o comportamento do funcionário, além de colaborar com as autoridades policiais durante as investigações. O Executivo municipal se comprometeu a tomar medidas administrativas e legais cabíveis, a fim de garantir a transparência e a integridade dos seus serviços.
As investigações continuam em andamento e novas informações podem surgir nos próximos dias. A comunidade aguarda por justiça e espera que casos como esse não se repitam, fortalecendo assim a segurança e a confiança na administração pública.
