De acordo com o vice-presidente da Sociedade Brasileira Geriatria Gerontologia Estado SP (SBGG), Leonardo Brando Oliva, os idosos são mais suscetíveis à desidratação devido a um mecanismo de sede que não funciona perfeitamente. Mesmo que o corpo esteja precisando de líquido, o idoso pode não sentir sede e, assim, não buscar a hidratação adequada. Por isso, é importante estimular os idosos a beberem água e outros líquidos, como água de coco, chá gelado, sucos leves e água saborizada com frutas.
Caso seja identificada a desidratação em um idoso, é recomendado procurar atendimento médico. As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs) ou Unidades Básicas de Saúde (UBSs) estão preparadas para avaliar a situação e definir se a hidratação deve ser feita intravenosamente ou em casa. Em casos de emergência, o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), pelo telefone 192, pode ser acionado.
Além da hidratação, outras precauções devem ser tomadas pelos idosos para evitar problemas relacionados ao calor. O uso de roupas leves e a evitação da exposição solar prolongada são recomendados. Permanecer em ambientes quentes e pouco arejados também aumenta o risco de desidratação. A prática de atividade física deve ser feita nos horários mais amenos do dia, como no início da manhã ou no final da tarde.
Para proteger a pele, é fundamental utilizar protetor solar e manter os ambientes ventilados. Em dias de baixa umidade do ar, o uso de umidificadores pode ajudar a prevenir a desidratação. Além disso, é importante ficar atento aos sinais de desidratação, como boca seca, sede e redução do volume de urina. Caso esses sintomas se agravem, é necessário buscar atendimento médico imediato.
Portanto, é fundamental que os familiares e cuidadores estejam atentos aos idosos durante esse período de calor intenso. A hidratação adequada e a adoção de medidas preventivas podem evitar complicações e assegurar o bem-estar dos idosos.