A relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), questionou a afirmação de Heleno, lembrando que foi do acampamento que surgiu a ideia de montar uma bomba para explodir um caminhão de combustíveis no aeroporto de Brasília, além dos atos de vandalismo que ocorreram na Praça dos Três Poderes. Heleno, no entanto, afirmou que recebeu algumas pessoas do acampamento, mas apenas por educação e que elas estavam lá apenas para tirar fotos e fazer vídeos, sem qualquer intenção de articular um ato golpista.
A posição do general causou controvérsias durante a CPMI, uma vez que diversos indícios apontam para a participação do acampamento bolsonarista em atos violentos e extremistas. A relatora e outros parlamentares questionaram a postura de Heleno de minimizar o acampamento e suas atividades, argumentando que os atos de violência e vandalismo não podem ser ignorados.
Chama a atenção o fato de Heleno, que ocupou uma posição estratégica no governo Bolsonaro, afirmar que nunca considerou o acampamento uma questão de segurança institucional. Essa declaração levanta questionamentos sobre o papel das instituições governamentais na prevenção de atos violentos e desestabilizadores.
A CPMI continua com suas investigações, analisando as provas e depoimentos relacionados aos atos golpistas do dia 8 de janeiro. A posição de Heleno certamente será objeto de análise pelos parlamentares, que buscarão entender a verdadeira natureza do acampamento bolsonarista e sua relação com os atos de violência ocorridos naquele dia.
Enquanto isso, a sociedade aguarda por respostas claras e objetivas sobre os atos golpistas, a fim de assegurar a democracia e a segurança institucional do país. O depoimento de Heleno pode ser um ponto de partida importante para a elucidação dos fatos e a responsabilização dos envolvidos nos atos de violência ocorridos em Brasília.