Nísia Trindade também revelou que estão previstos investimentos de R$ 42,1 bilhões para fortalecer o Complexo Econômico e Industrial da Saúde. Parte desse montante será destinada ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com foco nos laboratórios públicos, especialmente a Hemobrás, visando quadruplicar a produção de vacinas. Essa ampliação é considerada um grande instrumento para garantir a saúde regularmente e também em situações de pandemia.
É importante ressaltar que cerca de R$ 23 bilhões desse investimento total virão do setor privado, além de financiamentos oferecidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Com esses recursos, o Brasil conseguirá realizar o maior investimento dos últimos anos nesse setor.
A ministra destacou a necessidade de previsibilidade para atrair investimentos em inovação e produção. Ela apontou que a partir de 2017, o país enfrentou uma grande vulnerabilidade, o que dificultou os investimentos nessa área. Nísia Trindade, que já foi presidente da Fiocruz, tem experiência na área e vivenciou os desafios decorrentes dessa falta de previsibilidade.
A estratégia lançada pelo governo está alinhada à nova política industrial, que tem como missão atender às necessidades da população na área da saúde. A ministra ressaltou que o foco não está apenas no produto, mas sim nas necessidades identificadas a partir do Sistema Único de Saúde (SUS).
Com esse investimento significativo e uma política industrial sólida, o Brasil busca aumentar sua capacidade de produzir insumos em saúde. Isso contribuirá para a autonomia do país nesse setor e para o fortalecimento do SUS, garantindo o acesso de qualidade à saúde para toda a população.