Na ocasião, Bolsonaro fez declarações polêmicas, afirmando que só não estupraria a deputada Maria do Rosário (PT-RS) porque ela “não merecia”. Essa fala gerou revolta e Bolsonaro foi processado tanto pelo Ministério Público Federal (MPF) quanto pela própria deputada.
Inicialmente, Bolsonaro responderia ao processo no Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, quando assumiu a Presidência da República, em 2019, o processo foi suspenso devido ao foro privilegiado. Agora, com o fim do mandato e do foro privilegiado, o caso seguiu para a primeira instância da Justiça.
A decisão de retomar o processo penal contra Bolsonaro foi assinada no dia 24 de agosto e divulgada somente nesta terça-feira. A partir de agora, o ex-presidente terá que se defender das acusações perante a Justiça.
Bolsonaro se pronunciou sobre a decisão através de suas redes sociais. Em uma publicação, ele afirmou: “Mais uma: agora de fato de 2014. A perseguição não para! Defendemos desde sempre punição mais severa para quem cometa esse tipo de crime e justamente quem defende o criminoso agora vira a ‘vítima’. Fui insultado, me defendo e mais uma vez a ordem dos fatos é modificada para confirmar mais uma perseguição política conhecida por todos!”
Essa decisão da Justiça coloca Bolsonaro novamente no centro de um caso polêmico, reacendendo o debate sobre suas declarações controversas. Ao longo de sua carreira política, ele foi alvo de diversas acusações e críticas por suas falas e posturas consideradas ofensivas e prejudiciais para determinados grupos sociais.
Agora, caberá ao sistema judiciário avaliar as evidências e realizar um julgamento justo sobre o caso. A decisão da Justiça do Distrito Federal é mais um reflexo da responsabilização dos líderes políticos por suas palavras e atitudes, demonstrando que ninguém está acima da lei.