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BRASIL – Instituto Serrapilheira e Faperj selecionam 12 pesquisadores negros e indígenas para estudos em ecologia no Rio de Janeiro

O Instituto Serrapilheira e a Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) divulgaram os nomes dos 12 pesquisadores selecionados em uma chamada pública exclusiva para cientistas negros e indígenas. A iniciativa, que tem foco em ecologia, visa promover a inclusão de grupos sub-representados na academia como professores universitários e pesquisadores. O investimento total é de até R$ 14,7 milhões.

Os pesquisadores selecionados atuarão como pós-doutorandos em grupos de pesquisa no estado do Rio de Janeiro, em instituições onde ainda não tenham se formado ou atuado anteriormente. Os critérios avaliados pelo painel de revisores incluem originalidade da proposta, riscos da pesquisa e nível de contribuição para o grupo receptor.

As propostas de estudos englobam diversas áreas, como o crescimento de florestas em áreas de restauração e o impacto das mudanças climáticas, a integração dos saberes indígenas no estudo do solo, a relação entre a atuação humana na Amazônia e a biodiversidade, a presença de fungos patogênicos, o aumento de minerais e nutrientes nos ecossistemas marinhos e os efeitos da expansão urbana em praias, entre outros.

Cada pesquisador selecionado receberá uma bolsa mensal de R$ 8 mil, além de até R$ 800 mil para financiar a pesquisa ao longo de 3 anos. Esse financiamento pode ser renovado por mais 2 anos. A Faperj contribuirá com R$ 700 mil e o Instituto Serrapilheira com R$ 100 mil. Parte desses recursos será destinada à formação de pessoas de grupos sub-representados na equipe de pesquisa.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 57% da população brasileira se autodeclara como preta, parda ou indígena. No entanto, esses grupos ainda são sub-representados nas carreiras científicas.

Cristina Caldas, diretora de Ciência do Serrapilheira, destacou que a chamada tinha o objetivo de selecionar cientistas negros ou indígenas com doutorado em ecologia que praticassem uma ciência de excelência. Ela ressaltou que a seleção de 12 pesquisadores evidencia a necessidade de mudanças na forma de seleção dos cientistas, a fim de evitar a exclusão de candidatos qualificados. Caldas afirmou que muitos candidatos ficaram de fora da seleção.

A chamada também teve como objetivo promover a mobilidade dos cientistas. Dos selecionados, três são da Região Nordeste, sete do Sudeste, um do Sul e um da Nigéria. O grupo é formado por seis homens e seis mulheres, sendo 11 se autodeclararam como negros e um como indígena.

Jerson Lima Silva, presidente da Faperj, afirmou que a instituição está comprometida em apoiar políticas científicas que promovam a igualdade de gênero e combata o racismo. Ele ressaltou a importância de não esquecer dos dois maiores grupos populacionais do Brasil: pessoas negras e indígenas. Silva destacou que a ciência também é feita por eles.

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