O secretário Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente do MDHC, Cláudio Augusto Vieira da Silva, comentou o resultado positivo da eleição unificada, ressaltando a importância do trabalho dos conselheiros tutelares na defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes. Ele também mencionou que o aumento no comparecimento dos eleitores, que segundo ele parece ser sempre superior a 10%, está de acordo com a expectativa de uma eleição facultativa para um órgão cuja importância e funcionamento nem todos compreendem completamente. O secretário acrescentou que as chuvas fortes em várias regiões do Brasil também atrapalharam a participação facultativa dos eleitores.
Segundo os dados parciais divulgados pelo MDHC, o município de Joinville, em Santa Catarina, teve o maior aumento no comparecimento, com 50% a mais de votos em relação à última eleição. O balanço parcial também apontou que Palmas, capital de Tocantins, concluiu a apuração às 18h26, com um aumento de mais de 10% no número de eleitores em comparação a 2019. A ilha de Fernando de Noronha, em Pernambuco, também teve um aumento significativo na participação dos eleitores em relação à eleição passada.
O secretário Cláudio Vieira afirmou que o MDHC está trabalhando para que as novas eleições nos municípios com problemas ocorram em uma data única antes das posses nos conselhos tutelares municipais, que estão previstas para janeiro de 2024. Ele mencionou três municípios onde ocorreram eleições indiretas irregulares, citando denúncias de que vereadores e membros dos conselhos tutelares municipais escolheram os novos conselheiros, o que é proibido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e pela resolução do Conanda.
O promotor João Luiz de Carvalho Botega, membro auxiliar da Comissão da Infância, Juventude e Educação do Conselho Nacional do Ministério Público, comentou a situação desses municípios, destacando que a confirmação de irregularidades pode resultar na perda da vaga no conselho tutelar. Ele enfatizou a importância da população denunciar abusos do uso da máquina pública, do poder religioso, do poder político e poder econômico, e ressaltou que os candidatos também serão responsabilizados pelas ações de seus apoiadores de acordo com a resolução do Conanda.