Os trabalhadores do Metrô, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) resolveram paralisar suas atividades em protesto contra as privatizações. Essa paralisação afetou quatro linhas operadas pelo Metrô e três linhas de trens operadas pela CPTM. Além disso, duas linhas de trem da CPTM operaram de forma parcial durante o dia.
Durante a greve, apenas os ônibus municipais e duas linhas privatizadas do metrô e duas linhas de trem operadas pela Via Mobilidade funcionaram normalmente. No entanto, até mesmo essas linhas não escaparam das perturbações, com um trecho da linha 9-Esmeralda apresentando problemas e sendo normalizado apenas no período noturno.
A presidente do Sindicato dos Metroviários, Camila Lisboa, ressaltou que a greve foi uma demonstração de força contra o governo de São Paulo e suas intenções de privatizar as linhas da CPTM, do Metrô e a Sabesp. Segundo ela, o objetivo foi trazer a discussão sobre as privatizações e terceirizações para as ruas e contar com o apoio da população. Ela também criticou a postura do governador Tarcísio de Freitas, acusando-o de confusão ou mentira em relação aos prazos das privatizações.
O governador, por sua vez, negou que o processo de privatização já tenha sido concluído e ressaltou que a população será consultada antes de qualquer decisão ser tomada. Ele afirmou que o governo está estudando a viabilidade financeira e que a consulta pública é parte do processo de concessão e desestatização.
A greve dos trabalhadores da Sabesp também será encerrada à meia-noite, conforme informou o Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do estado de São Paulo (Sintaema). Durante o dia, os trabalhadores da Sabesp realizaram piquetes e um grande ato na unidade da Ponte Pequena. O presidente do Sintaema, José Faggian, afirmou que a greve é parte de um processo de luta maior e que é necessário continuar unidos para derrotar o projeto de privatização e garantir os direitos essenciais da população.
Assim, a greve dos metroviários e dos trabalhadores da Sabesp termina, mas a luta contra as privatizações continua. Os próximos passos serão definidos pelos sindicatos e pelos trabalhadores, que buscarão estratégias para garantir os direitos da população e impedir que o transporte público e o saneamento sejam entregues à iniciativa privada.