Segundo o Conselho Tutelar, os abusos sexuais às duas meninas eram frequentes e eram cometidos pelo pai. Após as jovens denunciarem o crime na escola, as autoridades responsáveis foram acionadas. Na residência das vítimas, o pai confessou ser o autor dos abusos sexuais.
Além disso, foi constatado que outra filha do acusado, fruto de um relacionamento anterior, também já tinha sido vítima de abuso sexual por parte do pai. Diante dessa situação, as vítimas foram encaminhadas com urgência ao Abrigo Institucional de Coruripe.
O Ministério Público de Alagoas informou que, inicialmente, as vítimas foram levadas para a casa da avó, na expectativa de que estivessem em segurança. No entanto, o pai, mesmo sendo informado de que não poderia ter contato com as filhas, continuou enviando mensagens, ameaçando-as para que não denunciassem os abusos.
Diante dessa recorrência, o Ministério Público de Alagoas solicitou uma ação de suspensão do poder familiar com acolhimento institucional das duas meninas, o que foi acatado pela Justiça. Além disso, foi agendada uma data para a audiência de tomada de depoimento especial da vítima.
A promotora de justiça, Hylza Torres, explicou que na ação foi solicitado o encaminhamento das meninas para um abrigo/instituição, além de exame médico legal, avaliação psicológica e aplicação de medidas de orientação, apoio e tratamento psicossocial e psicoterápico, caso necessário.
É importante ressaltar a gravidade desse caso e a necessidade de proteger as vítimas. O acusado foi preso preventivamente e será submetido a processo judicial para que possa responder pelos crimes cometidos contra suas filhas. O apoio do Conselho Tutelar, da escola e das autoridades competentes é fundamental nessa situação delicada, para garantir a segurança e o bem-estar das vítimas e para que o acusado seja responsabilizado pelos atos cometidos.