BRASIL – Ministro aposentado do STF, José Carlos Moreira Alves, é velado em Brasília após falecimento aos 90 anos

Nesta sexta-feira (6), parentes e amigos estão se despedindo do ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF), José Carlos Moreira Alves, cujo corpo está sendo velado no Salão Branco do STF, em Brasília. Moreira Alves faleceu aos 90 anos de idade, após estar internado em um hospital particular da capital federal desde o último dia 23. A causa da morte foi apontada como falência múltipla dos órgãos.

O velório teve início às 10 horas da manhã e estenderá até às 15 horas. Já o sepultamento está marcado para as 16h30, no Cemitério Campo da Esperança, no túmulo da família do ministro aposentado.

Dentre os presentes no velório, estava o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, que chegou perto do meio-dia. Ele estava em São Paulo, mas decidiu retornar a Brasília ao saber da morte de Moreira Alves. Barroso destacou a trajetória do ministro, afirmando que ele ocupou todas as posições possíveis no Direito e foi uma pessoa destacada em um momento político muito relevante. Barroso classificou Moreira Alves como uma das maiores lideranças que o tribunal já teve.

Moreira Alves ocupou o cargo de Procurador-geral da República entre os anos de 1972 e 1975. Em junho de 1975, foi nomeado para o STF pelo então presidente Ernesto Geisel. Durante os 28 anos em que ocupou o cargo de ministro do STF, Moreira Alves teve diversos atos célebres. Um deles foi a declaração de abertura da Assembleia Nacional Constituinte, responsável pela elaboração da Constituição de 1988.

Barroso relembrou o discurso de instalação da Constituinte feito por Moreira Alves e destacou a postura do ministro como um debatedor vigoroso, mas afável. Barroso ressaltou o tempo em que as pessoas podiam divergir sem perder a compostura, a gentileza e a educação, e expressou o desejo de que esse tempo volte.

Além de Barroso, outras autoridades do meio jurídico compareceram ao velório para homenagear a memória de Moreira Alves, como o vice-presidente do STF, ministro Edson Fachin, a procuradora-geral da República interina, Elizeta Ramos, e os ex-procuradores-gerais Antônio Fernando Barros e Silva de Souza, Roberto Gurgel e Raquel Dodge.

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