O conflito entre Israel e Palestina é uma questão delicada e complexa, envolvendo questões geopolíticas e religiosas. A região é sagrada para o judaísmo, o islamismo e o cristianismo, o que intensifica as tensões entre os dois grupos. As raízes desse conflito remontam à década de 1940, quando o fluxo migratório de judeus para a região alterou a composição demográfica e gerou atritos entre a nova população e os árabes-palestinos.
Após o fim do mandato britânico sobre a Palestina, a Organização das Nações Unidas (ONU) propôs, em 1947, a criação de dois estados. No entanto, os árabes rejeitaram o acordo alegando que ficariam com as terras com menos recursos. Mesmo assim, os judeus celebraram a criação do Estado de Israel em 1948. Desde então, houve uma ampliação das fronteiras de Israel durante conflitos violentos, enquanto os palestinos estão divididos em dois territórios separados pela falta de conexão por terra: a Faixa de Gaza e a Cisjordânia.
De acordo com o cientista político Leonardo Paz, a situação se agrava pelo fato de Israel deter a soberania do território onde a Faixa de Gaza está inserida. Na Guerra dos Seis Dias, ocorrida em 1967, Israel tomou territórios, expandindo seu tamanho original. Por isso, era esperada uma nova onda de violência como essa.
O especialista prevê que haverá uma mobilização forte das Forças Armadas de Israel para ocupar Gaza e resgatar os reféns. Além disso, espera-se uma resposta dura em relação ao Hamas. No entanto, o impasse persiste, já que o Hamas não reconhece o Estado de Israel e luta pela independência de um Estado Palestino. Por sua vez, Israel afirma que o território é seu e não pode garantir a segurança de um Estado palestino que possa ser usado para atacar Israel.
Outros atores internacionais também estão envolvidos nesse conflito. O Hezbollah, aliado do Hamas, é uma organização política e paramilitar que ganhou popularidade no mundo muçulmano xiita por ter levado Israel a desocupar o sul do Líbano em 2000. No entanto, o Hezbollah é considerado uma organização terrorista por diversos países ocidentais.
A situação no Oriente Médio é complexa e intensa. O conflito entre Israel e Palestina não tem perspectivas de solução imediata, e a violência continua a afetar a vida de milhares de pessoas. É essencial que a comunidade internacional se envolva nas negociações e busque uma solução pacífica para o conflito, respeitando os direitos de ambos os lados.
