O diplomata defendeu que as ações de Israel são necessárias e espera que a guerra modifique para sempre as relações entre Israel e a Faixa de Gaza. Ele enfatizou que a intenção de Israel não é atacar civis, ao contrário do método do Hamas, que busca atacar e matar civis. Zonshine destacou que o povo palestino é refém nas mãos do Hamas e que infelizmente irá pagar parte do preço da brutalidade e agressividade das opções do grupo terrorista.
Sobre a posição e ações do governo brasileiro em relação ao conflito, o embaixador israelense afirmou que espera solidariedade do Brasil, mas também uma clara condenação ao terrorismo do Hamas. Ele ressaltou que o Brasil, como presidente do Conselho de Segurança da ONU, pode ajudar a mediar o conflito, mas destacou que ainda é cedo para isso, pois a guerra iniciada pelo Hamas contra Israel ainda não terminou.
Zonshine abordou também a questão da criação de um Estado palestino economicamente viável, destacando que Israel busca uma solução que permita a coexistência pacífica entre os dois lados. Ele mencionou a falta de investimento do Hamas em melhorar a vida da população de Gaza e destacou que Israel está abastecendo a região com água e eletricidade, apesar dos ataques recebidos.
O embaixador israelense ressaltou a importância de diferenciar a Faixa de Gaza da Cisjordânia e destacou a cooperação com a Autoridade Palestina na Cisjordânia. Ele também abordou as acusações de que Israel pratica um regime de apartheid contra os palestinos, afirmando que é necessário diferenciar o Hamas do povo palestino e que Israel busca melhorar a vida das pessoas, ao contrário do grupo terrorista.
Para Zonshine, a era de agressões entre Gaza e Israel não vai continuar como era antes e ele espera que essa situação se resolva de maneira que permita uma convivência pacífica e o desenvolvimento da economia e educação para ambos os lados.
Essa entrevista exclusiva com o embaixador de Israel no Brasil oferece uma visão mais detalhada sobre o conflito no Oriente Médio, destacando as perspectivas e argumentos do governo israelense. O diplomata aborda questões como a necessidade das ações militares, as responsabilidades do Hamas e as esperanças de uma resolução duradoura para o conflito.