Prates destacou que a Petrobras já é reconhecida pela sua capacidade de explorar petróleo em alto mar e que agora tem a oportunidade de se tornar uma líder na exploração de energia eólica offshore, ou seja, no mar. Ele ressaltou que a Petrobras é atualmente o maior desenvolvedor de projetos eólicos offshore do Brasil e que já anunciou dez áreas para esse tipo de exploração.
Uma vantagem que o Brasil tem nesse setor é a característica do seu litoral, que é menos inóspito e possui menos intempéries do que os mares do Hemisfério Norte. Isso facilita a implantação de grandes estruturas de aerogeradores e de escoamento de energia.
Além disso, Prates voltou a defender a perfuração de poços de petróleo na Margem Equatorial, uma área marítima que se estende desde o Amapá até o Rio Grande do Norte e que é considerada promissora assim como o pré-sal. A Petrobras pretende furar 16 poços nessa região.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, também defendeu a exploração de petróleo na Margem Equatorial, ressaltando a importância de se descobrir novas reservas. Ele afirmou que o banco público será parceiro da Petrobras nesse empreendimento e ajudará a buscar fornecedores para a estatal.
Mercadante também destacou que o petróleo ainda terá relevância no mundo por décadas e que mais investimento nesse setor pode ser uma fonte de recursos para a transição energética. Ele salientou que o Brasil, com a sua riqueza petrolífera, pode acelerar sua descarbonização e se tornar o primeiro país do G20 a entregar carbono zero.
Suzana Kahn, diretora-geral da Coordenação dos Programas de Pós-graduação em Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), reconheceu que o petróleo continuará sendo importante até 2100. Ela destacou que o conhecimento gerado com a indústria do petróleo pode ser aproveitado na transição para outras formas de energia, como a eólica offshore e a energia térmica dos oceanos.
A renda obtida com o petróleo também é importante para o estabelecimento de um mundo mais sustentável. Segundo Kahn, um país com base científica sólida se torna mais fortalecido e menos vulnerável, tanto no aspecto climático quanto no econômico. A renda do petróleo, especialmente destinada à pesquisa e desenvolvimento, contribui para fortalecer a inovação e a resiliência do país.
No entanto, é importante ressaltar que essas informações foram baseadas no discurso do presidente da Petrobras e do presidente do BNDES durante o seminário, e não foram citadas as fontes específicas.