Segundo Célia Silva, mãe de Késia, eles solicitaram a perícia domiciliar ao INSS, mas o órgão não cumpriu com o agendamento, alegando falta de comparecimento. “Eu compareci. Agendamos novamente para hoje e tivemos que contratar uma ambulância, o que foi muito difícil porque minha filha é acamada e não anda”, relatou. Mesmo apresentando a procuração na agência, o documento não foi aceito e a família teve que arcar com o custo de R$ 250 pelo frete da ambulância.
Um vídeo registrado pela família mostra o transtorno enfrentado por Késia e sua mãe durante a visita à agência do INSS. A paciente precisou ser levada de maca para a realização da perícia, que felizmente foi aprovada. Célia enfatizou sua dedicação em cuidar da filha, tendo deixado seu trabalho e rotina para isso. Ela depende da ajuda de familiares e vizinhos para arcar com as despesas do tratamento, que envolvem medicamentos controlados.
A Previdência Social em Brasília, responsável pela divulgação dos benefícios concedidos pelo INSS, não forneceu detalhes sobre o caso de Késia. Ao ser contatado pelo Ministério, a resposta foi que não haveria tempo hábil para explicar o ocorrido nesta terça-feira. Vale ressaltar que há uma lei que assegura a dispensa de comparecimento à agência para pessoas acamadas, impossibilitadas de se locomoverem ou hospitalizadas, cabendo ao INSS realizar a visita ao segurado.
O caso de Késia Ferreira expõe as dificuldades enfrentadas por indivíduos que buscam receber seus benefícios previdenciários. A falta de flexibilidade por parte do INSS ao não realizar a perícia domiciliar e a exigência de deslocamento de pessoas acamadas mostra a necessidade de aprimoramento no atendimento e no entendimento da realidade dos segurados. A luta diária de Célia Silva em cuidar da filha e as despesas financeiras que ela arcada revelam o quanto a situação pode ser delicada para famílias nessa condição.
É imprescindível que casos como o de Késia sejam tratados com a devida atenção e que as regras sejam flexibilizadas para garantir uma maior celeridade e conforto aos segurados do INSS. Afinal, a concessão de benefícios previdenciários é fundamental para assegurar a qualidade de vida e o amparo necessário para enfrentar momentos difíceis, como o tratamento de uma doença grave.