O ataque ao Hospital Al Ahli Arab é considerado uma atrocidade e as autoridades israelenses negam a autoria do ataque. Os relatores da ONU também expressaram indignação com outro ataque ocorrido no mesmo dia, dessa vez a uma escola da UNRWA (Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente), localizada no campo de refugiados de Al Maghazi. Essa escola abrigava cerca de 4 mil pessoas deslocadas, o que demonstra uma escalada dos ataques israelenses em Gaza.
Segundo o grupo da ONU, há uma campanha em curso por parte de Israel que resulta em crimes contra a humanidade na região. Declarações feitas por líderes políticos israelenses e seus aliados, acompanhadas pela ação militar em Gaza, bem como a intensificação de prisões e assassinatos na Cisjordânia, aumentam o risco de genocídio contra o povo palestino, concluem os especialistas.
O relatório é assinado por sete relatores da ONU que tratam de diferentes áreas de direitos humanos, como direito à água potável e saneamento, situação de direitos humanos no território palestino ocupado, violência contra mulheres e meninas, direitos humanos de pessoas deslocadas internamente, direito à alimentação, direito ao mais alto padrão de saúde física e mental e direito à moradia.
Os ataques entre Israel e o grupo Hamas tiveram início no dia 7 de outubro, quando o Hamas realizou ataques aéreos e terrestres ao território israelense, invadindo casas e levando reféns. Em resposta, Israel bombardeou vários pontos da Faixa de Gaza, resultando em vários danos materiais e mortes de civis. As áreas residenciais e escolas também foram alvos dos ataques israelenses.
No caso do ataque ao Hospital Ahli Arab, estima-se que mais de 500 pessoas morreram ou ficaram feridas, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas. O grupo acusa Israel de liderar o ataque aéreo, enquanto as autoridades israelenses negam a responsabilidade e atribuem o incidente a um lançamento fracassado de um foguete pela Jihad Islâmica.
Diante dessa situação preocupante, a comunidade internacional espera uma resposta efetiva para conter a violência na região e proteger a vida e os direitos dos civis palestinos. A ONU e outros organismos internacionais têm um papel fundamental na busca por uma solução justa e duradoura para o conflito entre Israel e Palestina.