O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que o estudo, realizado em 2023, trouxe uma perspectiva otimista com relação à eficiência na exportação. Houve uma redução significativa em comparação às cerca de 312 horas necessárias alguns anos atrás, antes da implementação dos novos processos de exportação no país.
No entanto, o ministro ressaltou que ainda há desafios logísticos a serem enfrentados. Segundo ele, apenas 3% do tempo é consumido pelos trâmites governamentais, o que reflete os avanços na aplicação do sistema de gestão de risco da Receita Federal.
José Carlos de Araújo, auditor-fiscal da Receita Federal do Brasil, apresentou detalhes das conclusões do estudo. Segundo ele, 97% do tempo total necessário para a exportação é gasto em logística e procedimentos realizados pelo exportador, despachante e no embarque da carga. A maior parte desse tempo, cerca de 91 horas ou 85%, é gasto entre o desembaraço da mercadoria e o seu embarque.
Além disso, aproximadamente 12 a 13 horas são consumidas pelo exportador ou despachante para a apresentação da carga para despacho, quando ela é submetida à fiscalização. Em resumo, mais de 103 horas são gastas com procedimentos nesse processo.
Haddad enfatizou a importância desse tipo de levantamento para o desenvolvimento do país. Segundo ele, é essencial conhecer em detalhes a realidade brasileira. O estudo sobre tempos de liberação de mercadorias segue as diretrizes da Organização Mundial das Aduanas, permitindo um diagnóstico preciso e a comparação com a experiência de outros países.
Em suma, o relatório da Receita Federal identificou que o Brasil enfrenta desafios logísticos e procedimentais que impactam o tempo necessário para a exportação de produtos. Apesar da redução significativa nas últimas décadas, ainda há espaço para melhorias visando aumentar a eficiência e competitividade do país nesse setor.