Essa mudança afeta também a divulgação das estatísticas monetárias e de crédito, que agora ocorrerão no dia 7 de novembro, nos mesmos horários. Esses números incluem as taxas médias de juros do cheque especial e do cartão de crédito (rotativo e parcelado).
Já as estatísticas fiscais, que seriam divulgadas no dia 30 de outubro, foram adiadas para o dia 8 de novembro. Neste relatório, o BC apresenta o resultado primário das contas do governo, excluindo os juros da dívida pública, tanto da União quanto dos estados, municípios e estatais, utilizando a metodologia da autoridade monetária.
Esses adiamentos são consequência da mobilização dos servidores do Banco Central, que reivindicam a reestruturação da carreira e a criação de um bônus de produtividade semelhante ao existente para a Receita Federal. Eles também demandam uma equiparação na remuneração com os procuradores do Banco Central, alegando que economistas com muitos anos de experiência ganham menos que os advogados devido aos honorários incorporados aos salários da área jurídica.
Vale ressaltar que essa não é a primeira vez que os servidores do BC realizam a operação padrão e promovem greves. No ano passado, eles adotaram a operação padrão de janeiro a abril e fizeram duas greves: uma entre 1º e 19 de abril e outra entre 3 de maio e 5 de julho.
A postergação da divulgação dos indicadores econômicos do mês de setembro causa certa preocupação, já que esses dados são fundamentais para análises e projeções sobre a economia brasileira. No entanto, o Banco Central busca encontrar uma solução para as demandas dos servidores, a fim de normalizar a divulgação dos indicadores o mais breve possível.