De acordo com a Polícia Penal de Alagoas, durante a visita aos clientes, o advogado alegou que precisava entregar uma procuração para um dos reeducandos assinar, o que não poderia ser feito no parlatório, onde não há contato físico entre advogado e clientes. No entanto, os policiais penais perceberam, por meio do sistema de monitoramento, que o advogado repassava material ilícito entre as grades.
Foram encontrados dois celulares, carregadores, uma substância branca que aparenta ser cocaína e fumo escondidos entre os papéis. Tanto o advogado quanto os clientes foram autuados por tráfico de drogas e favorecimento real. Segundo informações, o advogado já havia sido acusado anteriormente por crime de alienação de menores e roubo.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Alagoas confirmou que está acompanhando o caso por meio da comissão de prerrogativas. Além disso, o Tribunal de Ética e Disciplina da OAB instaurará um procedimento para apurar os fatos e aplicar as sanções previstas na lei e no código de conduta da classe.
Em nota oficial, a OAB Alagoas esclareceu que está em contato com a direção do presídio para obter mais informações e garantir a lisura do procedimento. A entidade ressaltou que, caso seja comprovada a gravidade da conduta imputada ao advogado, serão aplicadas as devidas sanções.
A OAB também destacou que se trata de um caso isolado e afirmou que a maioria dos advogados em Alagoas exerce sua função com lisura e comprometimento. Por fim, a entidade reforçou que tem atuado para garantir a liberdade profissional, mas não dará suporte a profissionais que utilizam a advocacia para cometer malfeitos.
O advogado permaneceu na Central de Flagrantes durante a noite e será submetido a uma audiência de custódia nesta terça-feira (31). Ainda não há informações sobre qual será a sua defesa no caso.