BRASIL – Desembargador Marcelo Buhatem é alvo de processo disciplinar por conduta política e viagem aos Emirados Árabes, decide CNJ.

Na tarde desta terça-feira (31), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu, por unanimidade, abrir um processo disciplinar contra o desembargador Marcelo Lima Buhatem, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ). A conduta do magistrado será apurada devido à sua publicação de conteúdo político-partidário nas redes sociais, demonstrando apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro durante as eleições de 2022, bem como à suposta incitação a atos antidemocráticos. O CNJ também investigará a viagem de Buhatem aos Emirados Árabes no ano passado para se encontrar com o ex-presidente.

Além dessas acusações, o corregedor-nacional de Justiça, ministro Luís Felipe Salomão, afirmou que existem suspeitas de que o desembargador tenha paralisado processos por um longo período e não tenha se declarado impedido de julgar um caso em que sua cunhada atuava como advogada.

Não é a primeira vez que Buhatem enfrenta problemas em relação à sua conduta. Em maio deste ano, ele passou a responder a uma reclamação disciplinar no próprio CNJ, o que resultou na abertura do processo administrativo que está em curso atualmente. Ademais, no ano passado, o magistrado teve suas contas nas redes sociais suspensas por determinação do ministro Salomão.

A Agência Brasil entrou em contato com o TJRJ a fim de obter mais informações sobre o caso, porém ainda aguarda retorno.

É importante ressaltar que a atuação do CNJ é fundamental para garantir a imparcialidade e a ética no exercício da magistratura. As redes sociais têm se mostrado um território complicado para os magistrados, uma vez que a exposição de opiniões e posicionamentos políticos pode prejudicar a confiança da sociedade na imparcialidade dos juízes.

A abertura do processo disciplinar contra o desembargador Buhatem demonstra o compromisso do CNJ em investigar e punir possíveis infrações cometidas por magistrados. A sociedade espera que tais investigações sejam conduzidas de forma transparente e rigorosa, de modo a garantir a integridade do Poder Judiciário e a confiança da população nas instituições.

Acompanharemos de perto o desenrolar desse processo e traremos mais informações assim que forem divulgadas pelo CNJ ou pelo TJRJ.

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