O incidente ocorreu em um contexto de tensão e luta pela desapropriação do Engenho São Francisco, um pleito que já se arrasta há 29 anos. O MST informou que dois dias antes do assassinato, uma área de cana-de-açúcar próxima ao acampamento foi alvo de um incêndio criminoso. Os coordenadores do acampamento tentaram registrar um boletim de ocorrência, mas não obtiveram sucesso.
Em nota, o MST expressou solidariedade à família, aos filhos e amigos de Josimar Pereira, ao mesmo tempo em que exigiu agilidade nas investigações por parte das autoridades competentes. O movimento busca justiça e espera que os responsáveis por esse crime sejam identificados e punidos.
É importante ressaltar que o assassinato ocorreu um dia antes de uma visita do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) ao acampamento. Além disso, está prevista para esta semana uma audiência entre o MST e a Usina JB no Ministério Público estadual.
A morte de Josimar Pereira é mais um triste episódio que demonstra a grave situação de violência no campo brasileiro. O MST é uma das organização que luta pela democratização do acesso à terra e pela reforma agrária no país, mas os desafios enfrentados são imensos. A violência contra os trabalhadores rurais e os defensores dos direitos humanos no campo é uma realidade que precisa ser enfrentada com urgência.
Não é admissível que pessoas sejam assassinadas simplesmente por lutarem pelo direito à terra e por melhores condições de trabalho. É responsabilidade do Estado garantir a segurança e proteção dessas pessoas, bem como investigar e punir os crimes cometidos contra elas.
É necessário que as autoridades estejam atentas e tomem medidas efetivas para combater a violência no campo, assim como para garantir a aplicação da lei e a proteção dos direitos humanos. A sociedade civil também tem um papel importante nessa luta, apoiando e solidarizando-se com aqueles que estão na linha de frente da resistência pela reforma agrária e pela justiça social no Brasil.