BRASIL – “Agricultor é assassinado em acampamento do MST em Pernambuco; movimento pede justiça e aceleração das investigações”

No último domingo (5), mais um caso de violência no campo chocou a cidade de Vitória de Santo Antão, em Pernambuco. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) divulgou a triste notícia de que Josimar da Silva Pereira, agricultor e acampado, foi assassinado a tiros enquanto se dirigia ao acampamento Francisco de Assis, onde trabalharia na irrigação de uma plantação de arroz. Josimar tinha apenas 30 anos de idade.

O incidente ocorreu em um contexto de tensão e luta pela desapropriação do Engenho São Francisco, um pleito que já se arrasta há 29 anos. O MST informou que dois dias antes do assassinato, uma área de cana-de-açúcar próxima ao acampamento foi alvo de um incêndio criminoso. Os coordenadores do acampamento tentaram registrar um boletim de ocorrência, mas não obtiveram sucesso.

Em nota, o MST expressou solidariedade à família, aos filhos e amigos de Josimar Pereira, ao mesmo tempo em que exigiu agilidade nas investigações por parte das autoridades competentes. O movimento busca justiça e espera que os responsáveis por esse crime sejam identificados e punidos.

É importante ressaltar que o assassinato ocorreu um dia antes de uma visita do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) ao acampamento. Além disso, está prevista para esta semana uma audiência entre o MST e a Usina JB no Ministério Público estadual.

A morte de Josimar Pereira é mais um triste episódio que demonstra a grave situação de violência no campo brasileiro. O MST é uma das organização que luta pela democratização do acesso à terra e pela reforma agrária no país, mas os desafios enfrentados são imensos. A violência contra os trabalhadores rurais e os defensores dos direitos humanos no campo é uma realidade que precisa ser enfrentada com urgência.

Não é admissível que pessoas sejam assassinadas simplesmente por lutarem pelo direito à terra e por melhores condições de trabalho. É responsabilidade do Estado garantir a segurança e proteção dessas pessoas, bem como investigar e punir os crimes cometidos contra elas.

É necessário que as autoridades estejam atentas e tomem medidas efetivas para combater a violência no campo, assim como para garantir a aplicação da lei e a proteção dos direitos humanos. A sociedade civil também tem um papel importante nessa luta, apoiando e solidarizando-se com aqueles que estão na linha de frente da resistência pela reforma agrária e pela justiça social no Brasil.

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